Olá Rudá, como vai? A Cláudia? Os meninos? Hoje eu ví uma entrevista sua no Jornal Nacional, falando sobre o ENEM. Nos últimos 3 anos acompanhei bem de perto todo o processo de funcionamento do ENEM em função do vestibular do Vitor, que graças a Deus já passou dessa fase com o ingresso na UFMG. Também já li alguns artigos seus sobre os acertos e erros desse processo de seleção que considero transparente e demográfico. Mas na minha opinião existe uma discrepância enorme na forma de correção das provas que deveria ser corrigida, sob pena de por a perder tudo que já foi conquistado. Me refiro à correção da REDAÇÃO, é claro. Subjetiva, polêmica e muitas vezes injusta. Em todas as 4 provas objetivas as notas são apuradas de forma relativa, utilizando-se a TRI, um grande avanço reconheço, mas na redação o valor é absoluto, ou seja não se compara com nada nem com ninguém. Essa situação é fácil de se observar. Basta pegar por exemplo um aluno que tenha acertado todas as questões de "ciências da natureza". Esse aluno NÃO obteve 1000 nessa prova, pois a correção utilizou a TRI. Por outro lado se sua redação agradou o corretor ele obteve 1000. Dessa forma, se simplesmente compararmos essas notas estaremos comparando bananas com tomates. Sei de todas as dificuldades que o INEP e o MEC enfrentam para tornar as correções da redação menos sujeitas à subjetividade e das mudanças ocorridas mas que ainda não eliminaram os problemas. Mas acho que se depois de apuradas as notas das provas objetivas, utilizando a TRI, elas fossem submetidas a uma regra de três simples, onde a maior nota passasse a receber 1000 e as demais proporcionalmente, poderíamos a partir dai soma-las à nota da redação. Evitaríamos com isso absurdos em que alunos consigam por exemplo uma vaga de engenharia tirando nota medíocre em "matemática e suas tecnologias" mas caiu nas graças do corretor da redação. Desculpe o desabafo. Grande abraço CLARINDO
Clarindo, Primeiro, você poderia comentar isto pessoalmente, fazendo uma visita para nós, não? Venham para cá, ômi! Concordo plenamente com você. Não vou entrar em questões técnicas, mas há várias modalidades de avaliação, a começar por uma divisão clássica entre avaliação classificatória e avaliação formativa. O melhor mesmo é quando se acumula nota ao longo do ensino médio e não apenas num único exame. Este processo foi proposto pelo Cristovam Buarque quando foi ministro: uma avaliação no primeiro ano do Ensino Médio, com peso 1; uma no segundo ano, com peso 2 e uma última, no terceiro ano, com peso 3. Ao longo do ano, o aluno poderia refazer esta avaliação, caso se sentisse melhor preparado, e não apenas num único dia. Enfim, é fundamental acompanhar o processo de formação e não criar um Dia D, altamente estressante, arrebentando com a vida de um adolescente. Um abração
2 comentários:
Olá Rudá, como vai? A Cláudia? Os meninos?
Hoje eu ví uma entrevista sua no Jornal Nacional, falando sobre o ENEM. Nos últimos 3 anos acompanhei bem de perto todo o processo de funcionamento do ENEM em função do vestibular do Vitor, que graças a Deus já passou dessa fase com o ingresso na UFMG. Também já li alguns artigos seus sobre os acertos e erros desse processo de seleção que considero transparente e demográfico.
Mas na minha opinião existe uma discrepância enorme na forma de correção das provas que deveria ser corrigida, sob pena de por a perder tudo que já foi conquistado.
Me refiro à correção da REDAÇÃO, é claro.
Subjetiva, polêmica e muitas vezes injusta.
Em todas as 4 provas objetivas as notas são apuradas de forma relativa, utilizando-se a TRI, um grande avanço reconheço, mas na redação o valor é absoluto, ou seja não se compara com nada nem com ninguém.
Essa situação é fácil de se observar. Basta pegar por exemplo um aluno que tenha acertado todas as questões de "ciências da natureza". Esse aluno NÃO obteve 1000 nessa prova, pois a correção utilizou a TRI. Por outro lado se sua redação agradou o corretor ele obteve 1000. Dessa forma, se simplesmente compararmos essas notas estaremos comparando bananas com tomates.
Sei de todas as dificuldades que o INEP e o MEC enfrentam para tornar as correções da redação menos sujeitas à subjetividade e das mudanças ocorridas mas que ainda não eliminaram os problemas.
Mas acho que se depois de apuradas as notas das provas objetivas, utilizando a TRI, elas fossem submetidas a uma regra de três simples, onde a maior nota passasse a receber 1000 e as demais proporcionalmente, poderíamos a partir dai soma-las à nota da redação.
Evitaríamos com isso absurdos em que alunos consigam por exemplo uma vaga de engenharia tirando nota medíocre em "matemática e suas tecnologias" mas caiu nas graças do corretor da redação.
Desculpe o desabafo.
Grande abraço
CLARINDO
Clarindo,
Primeiro, você poderia comentar isto pessoalmente, fazendo uma visita para nós, não? Venham para cá, ômi!
Concordo plenamente com você. Não vou entrar em questões técnicas, mas há várias modalidades de avaliação, a começar por uma divisão clássica entre avaliação classificatória e avaliação formativa. O melhor mesmo é quando se acumula nota ao longo do ensino médio e não apenas num único exame. Este processo foi proposto pelo Cristovam Buarque quando foi ministro: uma avaliação no primeiro ano do Ensino Médio, com peso 1; uma no segundo ano, com peso 2 e uma última, no terceiro ano, com peso 3. Ao longo do ano, o aluno poderia refazer esta avaliação, caso se sentisse melhor preparado, e não apenas num único dia. Enfim, é fundamental acompanhar o processo de formação e não criar um Dia D, altamente estressante, arrebentando com a vida de um adolescente.
Um abração
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