segunda-feira, 30 de abril de 2012

Para quem não conhece Alex Atala

A lista dos 10 primeiros do The World's 50 Best Restaurants 2012


D.O.M. de Alex Atala é eleito 4º melhor restaurante do mundo

Do UOL, em São Paulo


  • Alex Atala, o dono do quarto melhor restaurante do mundo
    Alex Atala, o dono do quarto melhor restaurante do mundo
O restaurante D.O.M., do chef brasileiro Alex Atala, ficou em 4º na lista “World's 50 Best Restaurants” (50 melhores restaurantes do mundo, em tradução livre), segundo a revista britânica “Restaurant”. A casa é a única da América Latina a figurar no ranking dos dez melhores do mundo divulgado nesta segunda-feira (30), em Londres. O primeiro lugar do “World's 50 Best Restaurants” ficou pelo terceiro ano consecutivo com o dinamarquês Noma, do chef René Redzepi. Em segundo se manteve o El Celler de Can Roca (Espanha) e em terceiro o Mugaritz (Espanha).

É a sétima vez seguida que o D.O.M aparece na disputada lista e, a cada ano, em uma melhor posição. No ano passado, alcançou a 7ª posição, confirmando a ascensão em relação às edições anteriores. Em 2010, estava em 18º; em 2009, ficou com o 24º lugar; em 2008, obteve a 40ª posição; em 2007, em 38º lugar e em 2006, ficou em 50ª.

A lista é organizada anualmente pela revista britânica "Restaurant". O ranking final é formado a partir de votos de mais de 800 jurados ligados à gastronomia em vários cantos do mundo, entre jornalistas, escritores, nomes da indústria e especialistas culinários. Os restaurantes são escolhidos porque oferecem muito mais do que simplesmente comida boa. São avaliadas, também, a experiência de jantar, a inovação e a arte.
Observação Pessoal:
Tive o prazer de almoçar no DOM. Até num dia em que não me sentia bem (sugeriram uma comidinha de mãe... pode?) Melhor que toda inovação e genialidade: a hospitalidade e simplicidade do maitre. 

A lenta queda de Agnelo Queiroz


Agnelo perde apoio e PSB e PPS ameaçam deixar base

    O Estado de S. Paulo
Partidos aliados não resistem à pressão sobre governador e devem seguir debandada iniciada pelo PDT; relação com PMDB, do vice Filippelli, também é frágil


Abandonado à própria sorte pelo Palácio do Planalto, sob ameaça de ser convocado pela CPI do Cachoeira, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), enfrenta debandada de aliados. Nos próximos dias, dois partidos importantes da base - PSB e PPS - devem anunciar seu desembarque do governo, seguindo o caminho do PDT. Crítico dos rumos do governo e ressentido com o espaço que ocupa, o PSB chegou a marcar sua saída na semana passada, mas cedeu a um apelo de Agnelo. Adiou a decisão por dez dias, período em que consultará diretórios. A tendência é que a legenda devolva duas secretarias e 52 cargos de confianças. "Discutir a saída é sinal de que há uma insatisfação grande", resumiu o senador Rodrigo Rollemberg, maior liderança local do partido.

Na esperança de seduzir a base com maior oferta de cargos, Agnelo passou a última sexta-feira em frenéticas negociações até conseguir o adiamento. Apelou até para o presidente nacional do partido, o governador Eduardo Campos (PE), que liberou os correligionários locais para decidirem livremente. "Nossa crítica não é oportunista", explicou Rollemberg. "Desde o final do ano passado discutimos nossa relação por se tratar de um governo dominado por forças conservadoras e com problemas sérios de gestão".

Além disso, segundo ele, o governo tem sido leniente no combate a corrupção. Sua alusão é ao envolvimento de autoridades locais com sucessivas denúncias, como a ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira. O porta-voz do governo, Ugo Braga, minimizou as críticas de Rollemberg. A seu ver, ele "é candidato antecipado à sucessão e está no seu papel". Ele crê que a maioria do partido não o acompanhará.

Divórcio forçado. O PPS, que segue orientação nacional feroz contra o PT, perdeu a paciência com a teimosia do diretório local em manter a aliança com Agnelo. E ameaça fazer um divórcio forçado por meio de intervenção. O presidente nacional do partido, deputado Roberto Freire (SP), convocou reunião extraordinária da Comissão Executiva Nacional para o dia 8, quando será analisada a proposta de intervenção no diretório local. Em 2010, o PPS saiu desgastado por envolvimento de alguns dirigentes no esquema de corrupção do governo anterior, desmantelado pela Operação Caixa de Pandora. A liderança nacional quer evitar novo prejuízo à imagem da legenda por causa dos problemas enfrentados pela gestão Agnelo.

O PDT adotou essa postura e deixou a base no início da semana retrasada. Liderado pelo senador Cristovam Buarque, o partido era aliado estratégico do petista, mas divergia seriamente de alianças conservadoras e da persistência de práticas fisiológicas.

E inclusive a relação com o principal partido da base, o PMDB, também não é confortável. Na sexta-feira, o vice-governador Tadeu Filippelli, principal nome da legenda, pediu formalmente à Procuradoria Geral da República (PGR) explicações sobre suposta rede de espionagem ilegal que teria sido montada na Casa Militar do governo, da qual ele próprio seria alvo. A relação de desconfiança entre o governador e o vice não é de hoje Sempre nutriram distância política. A aliança de 2010 foi feita em nome da coalizão nacional.

Mais uma do Garotinho contra Sérgio Cabral



Este vídeo é mais um postado pelo Garotinho. Leva o título de Exclusivo! Secretário de Governo de Cabral, acusado de receber propina, almoça às margens do Rio Sena com o dono da Delta

Vitoriosos e Derrotados do PDT na nomeação de Brizola Neto

Lupi saiu derrotado nesta escolha de Brizola Neto para o Ministério do Trabalho. Mas não só ele. Bob Fernandes divulgou no site do Terra que Manoel Dias, secretário-geral do PDT, não escondeu seu descontentamento. Disse que foi uma escolha pessoal da Presidente, o que é verdade. O descontentamento de Dias se deve ao fato de seu nome ter sido cogitado para assumir a pasta. Diz que foi vetado por Ideli Salvati, seguindo o script de fritura da ministra em fogo alto. Outro descontente é o deputado Vieira da Cunha, PDT-RS, que também tinha seu nome na lista de indicação de seu partido para o posto.
O que contou mesmo foi a lealdade de Brizola Neto às orientações do Palácio do Planalto. Percebendo as manobras do governo federal, Paulinho da Força foi rápido no gatilho e começou a apoiar publicamente o nome de Brizola.

Brizola Neto é o novo Ministro do Trabalho

Foi uma luta pesada no interior do PDT. Mas acabou prevalecendo a vontade da Presidente Dilma. 

A herança da ditadura militar

Recebi duas perguntas muito inteligentes de uma estudante de jornalismo que está elaborando seu trabalho de conclusão de curso. Achei tão interessantes que resolvi socializar aqui no blog (incluindo minhas respostas, o que é cabotino, mas ficaria estranho se só socializasse as perguntas). Agradeço à Carla Fernandez pelas perguntas:

1) A priori, o que eu gostaria de entender mais sobre o regime militar é qual  foi a herança deixada pela ditadura militar para a sociedade?
R: A literatura especializada afirma que não houve democratização do regime autoritário para o processo seguinte, mas "liberalização". Esta é a tese de Leonel Itaussu (USP). Houve um acordo de cúpula, de acerto com o regime militar, de liberalização de direitos com certa lentidão. Não por outro motivo, o fiel da balança, do lado civil, foi Tancredo Neves, que já havia assumido este papel quando da renúncia de Jânio Quadros (ele negociou com João Goulart a adoção do parlamentarismo, em nome dos militares que ameaçavam com um golpe, impedindo Goulart de assumir a Presidência da República). Portanto, foi o setor mais conservador da representação civil, escolhido a dedo pelo regime militar, que negociou a tal democratização do país.
Ora, o que ocorre é que este processo é absolutamente distinto da democratização da Espanha, avaliada como exemplo mundial, a partir do Pacto de Moncloa. 
Qual a consequência imediata desta situação? A tutela do Estado. A sociedade civil não se fez representar na construção de uma nova institucionalidade pública. Assim, os acordos de cúpula continuaram persistindo. Esta é a lógica que fundou o governo Sarney, Collor, FHC e Lula. Esta é a principal herança.

2) Pode-se dizer também que o atual estado de apatia por parte da imprensa é  reflexo dessa possível herança?
R: A grande imprensa se tornou uma força quase partidária. É uma força política. Negocia nos bastidores da política. A pequena imprensa, local ou regional, também. Não são independentes, mas agem de maneira comercial. Há exceções, mas raridade. Portanto, não há passividade. Pelo contrário. 

sábado, 28 de abril de 2012

As articulações de Lula

Um belo comentário publicado no jornal O Globo dá conta das movimentações de Lula durante sua recuperação. Importante porque não se trata apenas de acertos eleitorais, mas da construção do poder do lulismo, algo que vai além do personagem que lhe confere o nome.
Lula se preocupa com Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Recife e São Paulo. O alvo é confirmar o acertado com Eduardo Campos, o "Lula" do PSB. Segundo a matéria d´O Globo, Lula teria dito recentemente para Fernando Pimentel:
"O acordo com Eduardo Campos está feito, vocês tratem de dar um jeito de cumprir".
E foi cumprido.
Aí está a razão para a ala que apóia Patrus Ananias ficar tão calada e aceitar o acordo com Marcio Lacerda. E este é o motivo para os não petistas gostarem de negociar com Lula: ele impõe o acordo e mantém a palavra (o duro é fazer ele dar a palavra!).
O jornal afirma, ainda, que duas semanas antes do acordo fechado em BH, Aécio Neves já circulava por Brasília dando toda dica que já sabia do resultado na capital mineira.
A matéria cita, ainda Recife, que estaria por um milímetro para receber a mão pesada do ex-Presidente da República. Lula vai fazer João da Costa, atual prefeito de Recife, desistir em favor de Maurício Rands, indicado por Eduardo Campos.

Agora está claro como age o lulismo?

Cabral marca casamento do empreiteiro na Europa (vídeo divulgado por Garotinho)

Tentáculos de Cachoeira invadem todo Estado

Para quem achava que o "Caso Cachoeira" envolveria apenas a oposição ou apenas os governistas, a cada dia ficará mais claro que envolve o Estado Tupiniquim por completo. Ontem, foi a vez do governador Sérgio Cabral.




Fotos de festa com Sérgio Cabral e Cavendish em Paris vazam na internet

Jornal do BrasilJorge Lourenço

Fotos do governador Sérgio Cabral e secretários do seu governo numa confraternização com o empresário Fernando Cavendish vazaram na internet. Nas imagens, todas em Paris, eles aparecem em momentos descontraídos, reforçando a proximidade do governador com o empreiteiro, dono da empresa Delta. 
Combustível para a CPI
Investigado pela CPI mista que apura as ligações do contraventor Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários, Cavendish é um dos principais empreiteiros do estado do Rio de Janeiro. Durante a gestão de Sérgio Cabral, sua empresa foi uma das maiores vencedoras de contratos públicos. Desde 2007, a Delta recebeu cerca de R$ 1,4 bilhão só do Rio. 
Combustível para a CPI II
Segundo o blog do deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ), rival de Cabral, as comemorações em questão aconteceram com dinheiro público. 
Segundo blog de deputado, fotos de Cabral e Cavendish foram tiradas em Paris
Segundo blog de deputado, fotos de Cabral e Cavendish foram tiradas em Paris
Investigação em xeque
Em algumas fotos, o secretário-chefe da Casa Civil, Regis Fichtner, aparece descontraído ao lado de Cavendish. As imagens colocam em xeque a validade o levantamento dos contratos do governo do estado com a Delta. A iniciativa, tomada após as denúncias do Caso Cachoeira, visa identificar possíveis fraudes da empreiteira e é coordenada pelo próprio Fichtner.
Nota do governo
A assessoria de imprensa do governo do estado do Rio de Janeiro divulgou a seguinte nota para esclarecer as fotos. 
"Em missão oficial à França realizada nos dias 14 e 15 de setembro de 2009, o Governador Sérgio Cabral participou do lançamento do ‘Guia Verde Michelin Rio de Janeiro’, na Embaixada do Brasil em Paris; participou de encontros de trabalho para a então campanha pelas Olimpíadas de 2016 no Rio; e fez palestra na Câmara de Comércio Brasil-França para investidores franceses. Entre os seus compromissos oficiais, o Governador recebeu, no dia 14, a condecoração máxima do Governo da França: a Légion d’Honneur, no Senado daquele país. Coube ao Presidente do Senado francês, Gerard Larcher, fazer a entrega.
Após a solenidade, o Barão francês Gerard de Waldner _ casado com a brasileira Sílvia Amélia de Waldner, chamou ao Clube Inglês convidados dele em homenagem ao Governador e à condecoração recebida. Estavam presentes, secretários de estado, empresários brasileiros; o Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman; empresários portugueses, como Antonio Pereira Coutinho; empresários franceses, como Thierry Peugeot, e Martin Bouygues"
.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Queda de Mortalidade Infantil


Hanrrikson de Andrade
Do UOL, no Rio
A presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Wasmália Bivar, destacou nesta sexta-feira (27) a queda de 47,6% no índice brasileiro de mortalidade infantil, dado registrado pelo Censo Demográfico 2010 em comparação com a mesma pesquisa realizada há dez anos em todo o território nacional. Esse e outros dados foram divulgados nesta sexta-feira (27). Segundo o levantamento, a taxa que em 2000 era de 29,7‰, isto é, 29,7 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos, caiu para 15,6‰ em 2010.
Segundo Bivar, os resultados são surpreendentes e comprovam o acelerado processo de desenvolvimento do país. A região na qual os pesquisadores constataram o maior grau percentual de redução da mortalidade infantil foi o Nordeste, que hoje registra 18,5‰, ou seja, 18,5 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos –em 2000, esse índice chegava a 44,7‰. A redução foi de 58,6% na década.
"Com certeza, o maior destaque do Censo 2010 diz respeito à redução dos números de mortalidade infantil. Esse resultado se deve a inúmeros fatores de transformação, a exemplo do sucesso de algumas políticas públicas, aumento do grau de escolaridade da população, uma consciência maior das mulheres em relação ao período da gestação, entre outros", afirmou Bivar em entrevista coletiva no Rio de Janeiro. Apesar do declínio, o Brasil ainda precisa reduzir muito a taxa para se aproximar dos níveis de mortalidade infantil das regiões mais desenvolvidas do mundo, que fica em torno de 5 óbitos de crianças menores de 1 ano de idade para cada 1.000 nascidos vivos.

Mais destaques

A presidente do IBGE também destacou a expressiva queda da taxa de natalidade, e comemorou o fato de que os índices apresentados por alguns Estados brasileiros, tais como Rio de Janeiro e São Paulo, são similares ao padrão europeu. O Censo mostrou que as mulheres brasileiras estão tendo menos filhos: a taxa de fecundidade total no país, que era de 2,38 filhos por mulher em 2000, chegou a 1,9 filho por mulher em 2010, apresentando uma queda de 20,1%. "Com menos filhos para cuidar, as mulheres brasileiras têm mais tempo para melhorar a qualidade de vida, cuidar da saúde e pensar na carreira", avaliou.
No entanto, Bivar ressaltou que alguns índices não evoluíram como o esperado. De acordo com o levantamento, a taxa de analfabetismo entre adolescentes e adultos (a pesquisa considera pessoas com 15 anos ou mais) --que vem apresentando uma vertiginosa queda desde os anos 1940-- caiu apenas 4% na década. Os pesquisadores tinham a expectativa de que a redução do número de analfabetos no país superasse a queda registrada no período entre os recenseamentos demográficos de 1991 e de 2000. Nesse período, o índice caiu de 20,1% para 13,6%. Porém, o IBGE destacou o fato de que, pela primeira vez em sua história, o Brasil registrou uma taxa de analfabetismo menor do que 10% de sua população, que atualmente é de quase 191 milhões de pessoas, segundo o Censo 2010.

Chamada Pública (sic) do IPEA

Interessante. O IPEA anuncia contratação de bolsistas interessados numa pesquisa. Até aí, ótimo.
Mas o inusitado é que os interessados estarão alocados no campus da Unesp de Presidente Prudente (SP). Ué, se é público, por qual motivo já se decidiu por um lugar? O que paulista de Presidente Prudente tem de melhor que carioca do CPDA do Rio de Janeiro (apenas para citar um exemplo)?
Será que Prudente virou o centro de toda questão agrária do Brasil?
Mistéééérioooo!



 CHAMADA PÚBLICA IPEA/PNPD Nº 054/2012 - SELEÇÃO DE CANDIDATOS PARA
CONCESSÃO DE BOLSAS
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), fundação pública vinculada à Secretaria
de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, que desenvolve pesquisas e fornece
suporte técnico e institucional às ações governamentais para a formulação e avaliação de
políticas e programas de desenvolvimento,  CONVIDA os interessados a apresentarem
propostas nos termos aqui estabelecidos para seleção pública de candidatos a bolsa
pesquisa, no âmbito Subprograma de Pesquisa para o Desenvolvimento Nacional – PNPD
do Programa de Mobilização da Competência Nacional  para Estudos sobre o
Desenvolvimento - PROMOB.
1. OBJETO
A presente Chamada tem por objetivo selecionar interessados, para concessão de bolsa de
pesquisa, que atendam aos requisitos do Termo de Referência constante no Anexo I e no
REGULAMENTO desta Chamada, em realizar pesquisa no  projeto “II Pesquisa Nacional
Sobre Educação na Reforma Agrária”.
2. QUANTIDADE E DURAÇÃO DAS BOLSAS
Serão concedidas 44 (quarenta e quatro) bolsas e Auxílio Financeiro a Pesquisador,
conforme quadro constante no item 4 do regulamento, com duração prevista de 12 (doze)
meses.
3. REQUISITOS DO CANDIDATO
3.1 Candidato 1 – Assistente de Pesquisa III (Mestre) - Pesquisador Nacional
(Presidente Prudente)
3.1.1 Possuir título de mestre em cursos das áreas de Ciências Humanas, Ciências Sociais
Aplicadas, Ciências Exatas ou Ciências Agrárias;
3.1.2 Ter experiência em Educação do Campo;
3.1.3 Ter disponibilidade para atuação presencial na cidade de Presidente Prudente/SP; 
3.1.4 Ter disponibilidade para realizar eventuais viagens que se fizerem necessárias no
âmbito da pesquisa;
3.1.5 Apresentar proposta de execução de projeto conforme item 3 do regulamento.
3.1.6 Encaminhar currículo e histórico acadêmico de sete  graduandos para análise e
avaliação pelo comitê julgador, com respectivas cartas de Anuência dos candidatos às
vagas de graduando.
3.1.6.1 Esses candidatos deverão atender os seguintes requisitos:
a) Estar regularmente matriculados em curso de graduação nas áreas das Ciências Exatas
ou Humanas;
b) Ter disponibilidade para atuação presencial Presidente Prudente/SP. 
c) Para candidatos das áreas de Ciências Exatas, ter experiência com métodos quantitativos
de pesquisa, desenvolvimento e manipulação de banco de dados;                              
d) Para candidatos das áreas de Ciências Humanas, ter experiências com temas
assentamentos rurais e educação do campo;



Sobre Sistema de Cotas

Ok. Agora é legal e amparado pela Alta Corte. Mas ainda acho uma solução populista. Vou explicar.
1) Do ponto de vista da concepção, é muito nítido que se trata de uma lógica pós-moderna, de fragmentação da noção de humanidade. Temos que lutar por direitos, que são universais. As cotas são políticas compensatórias e se apoiam na noção individualista do liberalismo de origem anglo-saxã.
2) Do ponto de vista da luta contra o racismo, faz o negro explorado entrar pela porta dos fundos. Porque a vida do negro antes das cotas continua sendo uma declarada imposição à sub-humanidade. Racismo puro.
3) Do ponto de vista do direito, continuamos com o jeitinho brasileiro. Por qual motivo não prendemos empresários racistas, como diz a lei? Por qual motivo não alteramos a política educacional, que atinge duramente os negros (são os que apresentam as piores médias de desempenho escolar na educação básica)?
4) Do ponto de vista político, alguém mais poderoso que os negros, um branco, ganha como o Grande Pai. Paternalismo não liberta. Os negros se rebaixam e tentam copiar o discurso norte-americano que não absolutamente nada a ver com a constituição social, cultural e histórica do Brasil.
Sinceramente: acho indigência política.

Conversas de Lula com Dilma

Entrevista de Aécio à Folha e ao UOL


Aécio Neves (PSDB-MG), senador e ex-governador de Minas Gerais, participou do "Poder e Política", projeto do UOL e da Folha conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues . A gravação ocorreu em 26.abr.2012 no estúdio do Grupo Folha em Brasília.

CLIQUI AQUI

Trechos da entrevista com Aécio Neves - 17 vídeos


Aécio: mesmo prefeito, Serra pode disputar Planalto em 2014
Senador disse que Serra quer ser prefeito de SP, mas pode sair da Prefeitura para disputar Presidência. Ele falou ao UOL e à Folha em 26 de abril de 2012.
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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Minha entrevista ao Jornal Hoje sobre violência nas escolas


Veja AQUI

A construção da imagem do lulismo

Código Florestal: o espelho do gerenciamento político de Dilma

Ela é considerada uma boa gestora. Seu programa voltado para o fomento do desenvolvimento e consumo, no velho estilo keynesiano-fordista, já está claro. Mas é um desastre no gerenciamento político.
A derrota, ontem, na Câmara Federal (Código Florestal), por 274 votos contra 184, chega a ser  humilhante.
Agora, está tudo liberado: desmatamento em topos de morro e manguezais, assim como liberação de crédito para quem desmatou. Um ataque frontal à natureza e sustentabilidade.
Várias organizações da sociedade civil pedem o veto presidencial. Se vetar, a situação no Congresso será ainda pior e haverá troco. O relatório aprovado, lembremos, foi redigido por um peemedebista (Paulo Piau, de MG). Digamos que as feridas abertas com as demissões de peemedebistas que estavam instalados no governo federal estavam quase fechadas. Dilma vai topar mais este confronto? Se topar, não terá que oferecer a cabeça de alguém de sua confiança em troca?

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Código Florestal: avaliação de Renato Janine Ribeiro

No Facebook:

O Código Florestal, versão ruralista, foi aprovado na Câmara. Devemos lutar contra ele. A única saída é o veto presidencial, no todo ou em parte. Pelas informações, o partido dela (o PT) votou contra os absurdos, assim como o PV-PPS, o PRV, o PSOL e a liderança do governo. Em favor dos ruralistas, votaram a oposição (PSDB etc.) e o PMDB. A má notícia é a aprovação da versão anti-meio ambiente. A esperança é que, como o partido de Dilma votou contra o Código, ela o vete. Recomendo que todos escrevam aos jornais importantes, e revistas idem, defendendo a causa ambiental e o veto presidencial. Os ruralistas têm bancadas, nós temos os melhores argumentos - e podemos ganhar a opinião pública.

Raclete

Mais de Odair Cunha

Odair Cunha foi eleito deputado federal em 2003, com apenas 27 anos. Natural de Piedade (SP), é formado em direito e atuou como conselheiro jurídico em prefeituras e câmaras do Sul de Minas. Foi diretor da Rádio Difusora de Campanha até 1999.Também foi assessor da deputada estadual mineira Maria Tereza Lara, irmã da prefeita de Betim, Maria do Carmo Lara. Em sua primeira eleição, em 2002, Cunha se elegeu com 34.846 votos. Na legislatura seguinte, foi reeleito com 87,1 mil e saltou para 165.644, em 2010. Um crescimento no número de eleitores de 465%.

Depois de Cachoeira...Ricardo Teixeira


Novos documentos comprovam que Havelange e Teixeira receberam suborno na Fifa

Roberto Pereira de Souza
Do UOL, em São Paulo
  • Ana Carolina Fernandes/ Folhapress
    Ricardo Teixeira e João Havelange em evento no Rio de Janeiro (01/02/2005)
    Ricardo Teixeira e João Havelange em evento no Rio de Janeiro (01/02/2005)
Agora está confirmado: Ricardo Teixeira usou a empresa Sanud junto com João Havelange para receber comissões em nome da Fifa e não repassou os valores aos cofres da entidade. Os valores finais ainda não foram fechados pela Justiça da Suíça, mas os subornos podem ter passado de US$ 40 milhões, entre 1978 e 2000. O escândalo está sendo investigado pelo Parlamento Europeu, que divulgou um relatório parcial esta semana.

NÚMEROS DO ESCÂNDALO

  • 1974-1998

    Duração do mandato de Havelange como presidente da Fifa
  • 1994-2012

    Período no qual Teixeira foi membro do comitê executivo da Fifa
  • US$ 40 milhões

    Valor do suborno recebido pelos dois dirigentes entre 1978 e 2000
  • 1982-2001

    Anos de fundação e falência da empresa de marketing esportivo ISL
  • 2001

    Ano no qual foi realizada a CPI do Futebol, que investigou Teixeira
    Parte dessas comissões milionárias foram recebidas pelos brasileiros entre 1989 e 1998, ano em que Havelange se afastou da presidência da Federação, depois de cumprir mandatos seguidos desde 1974.
    Além da Sanud, empresa investigada na CPI do Futebol em 2001 (e que tem o irmão de Teixeira, Guilherme, como procurador, no Brasil) os dois brasileiros usaram também o fundo  Renford Investiments, e a empresa Garantie JH para coletar propinas na venda de direitos de transmissão dos jogos das Copas do Mundo, “para um país da América do Sul”.
    As informações foram amplamente investigadas pelo promotor suíço Thomas Hildebrand que abriu ação criminal contra os dois brasileiros, mantendo seus nomes  sob sigilo judicial.
    Mas alguns documentos exclusivos obtidos porUOL Esporte,  no ano passado, permitem cruzar as datas dos depósitos efetuados em várias contas de empresas de fachada, usadas no maior escândalo de corrupção esportiva, que chega a 122,6 milhões de francos suíços ou cerca de US$ 160 milhões no total.
    Parte desse dinheiro (mais de US$ 40 milhões) ficou nas contas dos dois brasileiros que estavam por trás de um grupo de empresas listadas pela promotoria suíça.
    Mesmo mantendo o sigilo judicial imposto ao processo criminal que ainda tramita na Suíça, o promotor Hildbrand deu detalhes sobre as operações das duas pessoas denunciadas no recebimento de propina. Essas pessoas foram codificadas pelas letras H (Teixeira) e E (Havelange).

    ADVOGADOS NÃO LOCALIZADOS

    A reportagem do UOL Esporte tentou localizar os advogados de Ricardo Teixeira e Guilherme Teixeira, mas não obteve o sucesso no contato com os defensores da dupla.
    Na Suíça, corrupção privada só é enquadrada em crime quando envolve suborno em contratos comerciais. “Por isso as pessoas H e E foram incriminadas”, explicou o promotor usando as duas letras para proteger a identidade dos brasileiros.
    Segundo Hildbrand, “os dois, E e H, tinham participação financeira na companhia G (Sanud). Detalhes das operações individuais podem ser conhecidos no quadro abaixo”.
    Por esse quadro divulgado pelo Comitê Europeu de Cultura, Ciência, Educação e Mídia, que também investiga o maior escândalo do futebol mundial, 32 depósitos foram feitos entre 10 de agosto de 1992 até 4 de maio de 2000, na conta da Sanud (empresa G).
    O Parlamento Europeu divulgou nesta semana parte do conteúdo do processo que investiga o escândalo. Para preservar o sigilo judicial, o promotor apenas listou os depósitos feitos e a Comissão Europeia excluiu os nomes das empresas denunciadas.
    Porém, cruzando as informações divulgadas esta semana pelo Parlamento Europeu com um dossiê de lista de empresas beneficiadas a que o UOL Esporte teve acesso, ano passado, foi possível checar cada depósito realizado com os nomes das empresas beneficiadas: A Sanud  e a Garantie JH receberam entre 1992 e 1997, 22 repasses financeiros, totalizando US$ 10 milhões. A Garantie JH recebeu em um único depósito de 3 de março de 1997,  US$ 1 milhão. Os outros dez repasses foram feitos para a conta da Renford Investiments Ltd.
    Apesar da coincidência das letras JH, até o relatório divulgado pelo Parlamento Europeu não se poderia afirmar que a Garantie era operada por João Havelange. A confirmação foi possível porque dados sigilosos do processo obtidos pelo UOL Esportetrazem a lista dos depósitos associada aos nomes das empresas beneficiárias. O roteiro de datas e valores divulgados pelos comissários europeus foi decisivo para o cruzamento dos nomes das empresas.
    A dinheirama manipulada pela Fifa passava antes pelos cofres da International Sports Leisure (ISL), empresa de marketing esportivo montada por Havelange em associação com Adidas e a japonesa Dentsu, nos anos 80. A ISL tinha 50% de capital japonês e acabou quebrando em 2001.
    A falência da ISL chamou a atenção do Ministério Público e uma investigação criminal foi aberta na Suíça para apurar os motivos da falta de caixa. Um dos executivos da empresa, Jean Marie Weber, abriu o jogo e contou como o esquema funcionava.
    Há ainda outro detalhe importante revelado pelo promotor Hildbrand e que ajudou a confirmar os nomes dos brasileiros: “alguns depósitos foram feitos em contas dos filhos do suspeito H (Teixeira) e um dos contratos assinados pela Fifa leva a assinatura do suspeito E, em 97 e 98”.
    Está claro também de onde os dois recebiam comissão pela venda exclusiva dos direitos de transmissão do jogos: “O pagamento foi feito pela ISL e uma de suas subsidiárias a ISMM Investiments, que recontratava empresas para vender direitos de televisão e rádio a um país da América do Sul”. Os dois únicos interessados em direitos de televisão na América do Sul e que eram oficiais da Fifa, e que operavam a Sanud e a Garantie JH, são Ricardo Teixeira e João Havelange.
    “Os pagamentos foram feitos direta ou indiretamente aos dois (H e E); ambos eram executivos da Fifa e um deles ainda é”, revelou o promotor aos parlamentares europeus em depoimento dado em  março de 2012.

    ALGUMAS EMPRESAS ENVOLVIDAS EM SUBORNO, SEGUNDO JUSTIÇA SUÍÇA

    Garantie JH
    Sanud
    US$ 1,5 milhão
    US$ 8,5 mihões
          03/03/1997
    de 16/02/93 a 28/11/97
    BelezaUS$ 1,5 milhãode 27/03/91 a 01/11/91
    OvadaUS$ 820 mil22/01/1992
    WandoUS$ 1,8 mihãode 06/07/89 a 22/01/93
    SicurettaUS$ 42,4 mihõesde 25/09/89 a 24/03/99