Recebo o boletim CEDES (Centro de Estudos Estratégicos de Desenvolvimento: www.cedes.uerj.br) que sintetiza os dados mais importantes da nossa economia no primeiro bimestre deste ano. Vou resumir:
1) A inflação esfriou, mas não se sabe se chegará ao centro da meta do Banco Central;
2) Os vilões de 2011 (alimentos e bebidas e transportes) foram os itens que apresentaram maior edução nos dois primeiros meses de 2012;
3) Alimentação fora do domicílio foi o que pesou negativamente, além de Educação;
4) O lado bom de tudo isto é que os preços no atacado (agropecuária e indústria) caíram muito;
5) Nosso problema continua sendo o elevado custo de se produzir na indústria brasileira. A moeda valorizada e a desaceleração da China reduzem, passo a passo, nossa competitividade. A perspectiva, segundo o boletim do CEDES, é que o desempenho industrial melhore, mas nada extraordinário;
6) Finalmente, o comércio externo. Chegamos a 68 bilhões de dólares, alta de 9%. As exportações cresceram 7%, mas as importações cresceram mais: 11,2%. No mesmo período, na comparação com o ano passado, a queda na balança comercial foi de 73%. O vilão foi o minério de ferro, nosso principal produto de exportação, que sofreu queda de 18% em janeiro (em relação ao mês anterior). Dentro do padrão de país exportador de commodities, aumentamos a quantidade de produtos exportados: milho, café e suco de laranja (que não foram afetados pelo La Niña, como a soja). Os patamares de preço das commodities chegaram aos de 2010. Ventos frios que sopram da China, evidentemente. Há, portanto, tendência de perda de rentabilidade dos nosso produtos de exportação (veja a tabela que ilustra esta nota e que retirei do boletim CEDES).
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