Ontem à noite a jornalista do jornal Estado de Minas já se revelava preocupadíssima com o estado de saúde de Douglas Henrique, 21 anos, que caiu de um viaduto durante a passeata que ocorreu nesta quarta-feira. Douglas sofreu trauma cranioencefálico e foi socorrido por dez bombeiros (foto que ilustra esta nota). Foi transportado de helicóptero para o hospital João 23, mas não resistiu. O jovem tentava pular de uma pista para outra e caiu no vão.
Ainda ontem, outro jovem, Daniel de Oliveira Martins, de 28 anos, caiu do mesmo viaduto, fraturando o rosto e uma perna. Um terceiro jovem foi atingido por uma bala de borracha no olho esquerdo.
A jornalista do Estado de Minas me perguntou qual o impacto político se este rapaz falecesse. Não é possível projetar com segurança. Um jovem faleceu em Ribeirão Preto, atropelado por um veículo que avançou sobre a manifestação. Outra gari, em Belém, faleceu após sofrer três paradas cardíacas provocadas por uma bomba atirada pela PM. Não houve nenhuma comoção generalizada em virtude dessas duas mortes.
Mas as mobilizações já revelam algum desgaste e leve esvaziamento.
Tudo dependerá da maneira como os organizadores das manifestações decidirem reagir. Podem transformar a morte de Douglas num manifesto político. Mesmo assim, dependerá da comoção que isto gerar nas redes sociais.
O Congresso Nacional e a quase totalidade dos nossos governantes estão acuados. Aguardam a fervura abaixar para poder respirar. Aumento da tensão nas ruas seria o cenário mais desesperador neste momento de definição de soluções.
Um comentário:
Estão dizendo que ele foi empurrado por vândalos mascarados enquanto ele reprimia a ações dos mesmos.
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