Serra não foi. Em seu nome, esteve presente seu vice e até então secretário municipal de educação da capital paulista, Alexandre Schneider. Fala calma, direta, franca, de quem conhece o terreno que pisa. Conhecia boa parte dos dirigentes do SINESP e dos presentes na platéia. Por isto, citava o nome, de quando em quando, de um ou outro, apontando para o interlocutor e fazendo uma graça qualquer.
Começou seguro: vencendo, será a continuação da sua gestão. E lembrou que quando assumiu a secretaria de educação foi o primeiro sindicato que recebeu. Lembrou da cena: um dia chuvoso com grevistas na porta da secretaria. Resolveu descer do carro e entrar com os diretores do SINESP. Este foi o tom que adotou: sinceridade e relação direta.
Citou vários pontos que negociaram desde então e revelou aqueles que, quando percebia que havia errado, tinha corrigido. Citou o caso do uso da verba das escolas (PTRF), dos problemas com infraestrutura, dos módulos insuficientes de funcionários. Mas falava como se tais problemas estivessem no passado. O Retrato da Rede, levantamento anual do SINESP, indica que muitos deles permanecem. Algo que Alexandre sabe porque retomou tais deficiências no final de sua fala.
Afirmou que nenhum governo, incluindo o federal, tem a política salarial na educação da cidade de São Paulo. Fez questão de dizer que se em outros segmentos não há semelhança, na educação há um paradigma.
Tocou na proposta de escola em tempo integral e destacou que sem projeto da escola, não adianta muito. Emendou que é a primeira rede municipal do país que possui aulas de inglês desde o primeiro ano. Citou as EMEFs (escolas de ensino fundamental) onde a quase totalidade já trabalha em jornada de cinco horas. Avançou revelando que somente 5.800 crianças estão fora da pré-escola em São Paulo.
E listou os desafios: melhorar equipamentos, desenvolver os programas de formação técnica e qualificar o atendimento aos deficientes.
Fechou sua fala com os seguintes compromissos:
a) Diálogo permanente
b) Criação de Centros de Formação para profissionais da educação ("são 84 mil, hoje") em unidades descentralizadas
c) Formação de Gestores
d) Diminuir a burocracia, com informatização e eliminação de procedimentos excessivos ou desnecessários
e) revisão dos módulos escolares ("cada escola tem sua particularidade, podendo ter o mesmo número de alunos que outra, mas com arquitetura que exige mais cuidados ou funcionários")
f) Mediação de Conflitos, a partir de um profissional especializado que fará a mediação entre instâncias governamentais para criar uma rede de proteção escolar
g) Ampliação do tempo de ensino, adotando o desenho da Escola Integrada
De seu modo, o candidato do PSDB dialogou com a pauta do sindicato e dos profissionais presentes. Falou do cotidiano escolar. E mesmo dizendo que parte dos problemas estão no passado, nos compromissos assumidos deixou evidente que estão vivos no presente. Contudo, propôs saídas. Foi hábil.
Um comentário:
A questão é, ssERRA não foi, não assumiu compromisso nenhum, mandou o vice!
Se ele, ssERRA, não respeita os próprios compromissos, em documento assinado, vai respeitar os do vice?
OP$DB, desde 2010, resolveu se aproximar mais dos movimentos sindicais, o resultado é a greve dos professores universitários!
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