Existem dois tipos básicos de candidatos à Câmara Municipal para fins de organização de campanha. O primeiro, é o líder territorial, que se aproxima do que na literatura especializada se denomina de representante delegado. Este é o mais seguro para montar uma campanha. Ele se identifica com um território e passa a ser o veículo por onde as demandas daquele território são encaminhadas. O lastro de representatividade já estaria montado há alguns anos, bastando ao estrategista da campanha reforçar este vínculo.
O segundo tipo é o líder geral ou temático, não territorial, que se aproxima da representação fiduciária (em confiança geral, vinculado ao discurso geral e perfil e não a uma proposta concreta que vincule a demanda específica de um eleitor com sua ação na Câmara). Aqui reside alguma dificuldade adicional porque o voto está espalhado pela cidade. A dificuldade está na contabilização dos seus eleitores. Aqui, o foco passa a ser os grupos de interesse, as reuniões temáticas, que aproximam o eleitor do candidato e reforçam sua imagem.
Para estes dois tipos de candidatos, a estratégia é absolutamente distinta e o material de campanha, também.
Mas o que se vê nessas eleições é uma confusão geral e a velha prática da boiada que segue aquele com maior visibilidade no momento. Um erro.
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