Tática de líderes e falta de dinheiro retardam campanha
Cientistas políticos avaliam que adiar início da disputa pode ser prejudicial
O período eleitoral teve início no dia 6 de julho, mas a sensação em muitas cidades do interior do Estado é de que o processo ainda nem começou. A movimentação nas ruas é pequena, bem como a distribuição de material de campanha, os famosos santinhos.
Especialistas acreditam que a falta de recursos é um dos fatores para o ritmo desacelerado das campanhas. "Quando não tem dinheiro, todo mundo atrasa, deixa para concentrar os gastos quando os eleitores estão mais atentos no processo: no fim de agosto e em setembro", afirma Rodrigo Mendes Ribeiro, diretor da Associação Brasileira de Consultores Políticos (ABCOP) em Minas Gerais e professor de marketing político na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Ele acrescenta que colocar a campanha na rua mais tarde não é vantajoso para os candidatos que não estão bem nas pesquisas eleitorais. "Adiar a campanha só interessa para quem já está na frente nas pesquisas", explica. Ribeiro também destaca o importante papel das propagandas eleitorais gratuitas no rádio e na TV. "É a partir delas que os eleitores percebem o início do período eleitoral".
O cientista político Rudá Ricci também não vê como positiva a estratégia de deixar para trabalhar a campanha mais próximo da data do pleito. Ele acredita que, no final, há uma "inflação de informações", tornando mais difícil para o eleitor escolher o seu candidato no grande leque de ofertas. Ricci também aponta que o atraso no movimento das campanhas, em muitos casos, visa reduzir os custos. "As campanhas são muito caras. Todas elas são milionárias", complementa.
Grande parte dos políticos que pleiteiam um cargo nessas eleições já é conhecida do público, e por isso, pode deixar para investir mais a partir do início dos programas em televisão e rádio, que é quando o processo é mais presente no dia a dia das pessoas e se torna mais acirrado. Essa é uma das causas apontadas pelo cientista político Carlos Magno Machado Dias para esse processo mais tardio.
Outros fatores, na visão dele, são a demora no lançamento das campanhas e o alto custo do processo. Carlos Magno ainda lembra que existe um processo nos bastidores: reuniões de bairros e apoio de entidades profissionais. "Você não vê campanha porque não há um derrame de material", comenta.
Especialistas acreditam que a falta de recursos é um dos fatores para o ritmo desacelerado das campanhas. "Quando não tem dinheiro, todo mundo atrasa, deixa para concentrar os gastos quando os eleitores estão mais atentos no processo: no fim de agosto e em setembro", afirma Rodrigo Mendes Ribeiro, diretor da Associação Brasileira de Consultores Políticos (ABCOP) em Minas Gerais e professor de marketing político na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Ele acrescenta que colocar a campanha na rua mais tarde não é vantajoso para os candidatos que não estão bem nas pesquisas eleitorais. "Adiar a campanha só interessa para quem já está na frente nas pesquisas", explica. Ribeiro também destaca o importante papel das propagandas eleitorais gratuitas no rádio e na TV. "É a partir delas que os eleitores percebem o início do período eleitoral".
O cientista político Rudá Ricci também não vê como positiva a estratégia de deixar para trabalhar a campanha mais próximo da data do pleito. Ele acredita que, no final, há uma "inflação de informações", tornando mais difícil para o eleitor escolher o seu candidato no grande leque de ofertas. Ricci também aponta que o atraso no movimento das campanhas, em muitos casos, visa reduzir os custos. "As campanhas são muito caras. Todas elas são milionárias", complementa.
Grande parte dos políticos que pleiteiam um cargo nessas eleições já é conhecida do público, e por isso, pode deixar para investir mais a partir do início dos programas em televisão e rádio, que é quando o processo é mais presente no dia a dia das pessoas e se torna mais acirrado. Essa é uma das causas apontadas pelo cientista político Carlos Magno Machado Dias para esse processo mais tardio.
Outros fatores, na visão dele, são a demora no lançamento das campanhas e o alto custo do processo. Carlos Magno ainda lembra que existe um processo nos bastidores: reuniões de bairros e apoio de entidades profissionais. "Você não vê campanha porque não há um derrame de material", comenta.
ANÁLISE
"Perdeu-se o corpo a corpo"
Para o sociólogo e cientista político Moisés Augusto Gonçalves, a grande mudança que as campanhas municipais veem sofrendo é que elas estão cada vez mais longe das ruas. "As campanhas têm se tornado fundamentalmente de marketing político, perdeu-se o corpo a corpo".
Na opinião dele, as campanhas são cada vez mais visuais e mais centradas no conhecimento da imagem dos candidatos, e não de suas ideias e propostas. Além disso, Gonçalves enfatiza que "há um descrédito da sociedade de que a política possa resolver a vida do cidadão". "A atividade política se tornou profissional", critica.
Não existe falta de verba, segundo Gonçalves. Para ele, o ritmo mais lento das campanhas é fruto de uma estratégia planejada, com foco para os programas gratuitos transmitidos pelos canais de televisão e emissoras de rádio. Ou seja, na avaliação de Gonçalves, as campanhas vão começar a partir de 21de agosto, junto com o horário eleitoral gratuito. (FV)
Na opinião dele, as campanhas são cada vez mais visuais e mais centradas no conhecimento da imagem dos candidatos, e não de suas ideias e propostas. Além disso, Gonçalves enfatiza que "há um descrédito da sociedade de que a política possa resolver a vida do cidadão". "A atividade política se tornou profissional", critica.
Não existe falta de verba, segundo Gonçalves. Para ele, o ritmo mais lento das campanhas é fruto de uma estratégia planejada, com foco para os programas gratuitos transmitidos pelos canais de televisão e emissoras de rádio. Ou seja, na avaliação de Gonçalves, as campanhas vão começar a partir de 21de agosto, junto com o horário eleitoral gratuito. (FV)
Nenhum comentário:
Postar um comentário