Os gastos das campanhas em SP e BH

A UOL acaba de divulgar que os petistas Patrus Ananias e Fernando Haddad receberam juntos R$ 1,37 milhão do PT, o que corresponde a 94,9% das receitas repassadas pelo partido, de acordo com a primeira prestação de contas parcial dos candidatos enviada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Esta é apenas uma das informações que demonstram os valores estratosféricos para se fazer uma campanha eleitoral nas duas capitais brasileiras. Os volumes devem aumentar a cada eleição.
Hoje, conversei com um dirigente do PSDB mineiro que afirmou que a campanha de um candidato a vereador em BH é muito superior aos 300 mil reais que a imprensa do Estado avalia que seriam necessários para a vitória em outubro. No seu partido, o cálculo que fazem é que serão necessários 10 mil votos para eleger um vereador. 

Breve comentário:
A UOL destaca este gasto como diferencial do que o partido investe em apadrinhados por Lula e Dilma. Avalio que esta é uma dedução apressada. Minha opinião é que essas são as bases políticas onde o PT procura atingir de morte o PSDB. Não se trata, portanto, de subordinação à vontade dos dois padrinhos. De qualquer maneira, a UOL revela que apenas outros dois candidatos petistas que disputam prefeituras em capitais (do total de 17) declararam ter recebido recursos do partido (os 4 totalizariam 1,4 milhão de reais repassados pelo PT). Sendo assim, não é possível chegar à conclusão que a matéria da UOl sustenta.