Tudo dentro do previsível. Ontem, inserções de Lula dizendo que Patrus entende de gente. A ideia-força era: é preciso desenvolvimento, mas aliada a quem entende de gente. Lula cola na imagem de Patrus. Há quem, do PSB mineiro, acredita que Dilma não vai se indispor com Eduardo Campos. Mas Lula parece demonstrar que esta hipótese é mais que certa. Agora, é ver o efeito concreto.
De resto, propaganda eleitoral de ontem, focada nos candidatos a vereador, foi um desastre. Alguns partidos reeditaram a Lei Falcão: imagens quase congeladas dos candidatos com seu nome e número e ponto final. Outros, falando de maneira tão autômata que parecia boneco de ventríloquo. O PSTU, em termos de forma, foi o mais feliz, embora seu conteúdo não desperte, imagino, atenção do eleitor.
Houve alguns absurdos. Como o candidato do PSDB que começa dizendo que se Minas não tem mar, as pessoas têm que ir ao bar. Pode ser uma rima, mas não é uma solução. Ou a candidata do PDT que começa dizendo que a hora de mudar é agora. Alguém deveria ter lembrado que a chapa dela apoia o continuísmo, não a mudança. Um circo de horrores. Talvez, a solução seria fatiar (a palavra da moda) o tempo por bloco de partidos coligados para as candidaturas proporcionais, aumentando o tempo para cada candidato falar um pouco sobre sua proposta e diferenciar de partido para partido. Da forma como está, é um desserviço à política.
Um detalhe a mais: ontem, as chapas que apoiam Patrus Ananias apresentavam discretamente o nome do ex-ministro na parte de baixo da tela, à direita. Já os partidos que apoiam Marcio Lacerda postaram a foto do atual prefeito em metade da tela, à direita da imagem do postulante à Câmara Municipal. Ponto para os produtores da campanha de Lacerda que formataram melhor, com mais destaque, a imagem de Lacerda. Aliás, o que ficava na memória após a pantomima televisiva era a imagem de Lacerda. Quieto, falava mais coisa com coisa que os candidatos a vereador.
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