O MEC acerta ao pautar a mudança da estrutura curricular do ensino médio. Antes, contudo, vale as observações básicas:
1) Já temos os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Não seria o caso de começar revisitando este esforço feito com recursos públicos? Como educador, pouco me importa em qual gestão foi elaborada esta proposta curricular: o importante é que o gato cace o rato;
2) Se alterar o formato do currículo, não seria o caso de pensar em ajuste em relação ao currículo do ensino fundamental? Vejo o risco de se fazer o que a Secretaria de Educação de MG fez na gestão passada: uma verdadeira colcha de retalhos sem sentido, em que cada nível de ensino pensava de maneira autóctone. Mas, lembremos, o aluno é o mesmo e estamos tratando da SUA carreira e não da carreira do professor ou a do Estado;
3) Qual, de fato, será o objetivo desta mudança: a) facilitar a vida do estudante? b) formar para o mercado, fortalecendo o viés profissionalizante, tal como desejava o Banco Mundial no início deste século? c) introduzir o currículo modular, de inspiração inglesa?
Temo que um ministro da educação economista oscile para as exigências do mercado de trabalho. E aí, mudaremos de seis para meia dúzia.
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