25 anos envolvido diretamente em campanhas eleitorais. Neste tempo todo, a legislação eleitoral mudou profundamente. Liberou geral a nem deixar falar ou propor, já vi de tudo. Neste ano, sem camisetas, sem pichações, mas muito papel.
Nas últimas semanas, pergunto aleatoriamente como os motoristas (principalmente taxistas) de BH avaliam o material de campanha. São taxativos: odeiam cavaletes que voam com qualquer rajada de vento e atrapalham o trânsito quando caem no asfalto, podendo até furar os pneus dos veículos; gostam de bandeiras e adesivos em para-choques dos carros. E ficam nisto.
Avalio que a maior ignorância em termos de eficácia são os famigerados santinhos. Todos utilizam este instrumento e o retorno é muito baixo. Na verdade, pela minha experiência, serve como lembrete a quem já pensava em determinado candidato (no início de campanha) e como salva-vidas para aqueles que não sabem em quem votar (nos dias que antecedem a eleição). No resto, é pura disputa irracional entre cabos eleitorais e irritação certa na maioria dos que são abordados.
"Santão" é o diferencial em início de campanha. E... caminhadas, principalmente no interior do país onde as pesquisas revelam que o que mais funciona é boca-a-boca. Uma segunda visita (retorno da primeira caminhada num território) tem como objetivo testar a fidelidade do voto. Explico: na primeira caminhada é feito um "scout" da acolhida do eleitor visitado. No retorno, são visitados os que demonstraram intenção declarada de voto no candidato em questão. É neste momento que se testa a fidelidade oferecendo um banner. Quem concordar em afixar um banner em sua residência sem receber nada em troca, demonstra fidelidade. É assim que se computa voto.
No último mês, gradativamente aumenta a visibilidade, sem deixar de contatar o eleitor fiel (até com ligações telefônicas ou rápidos retornos para entregar um adesivo ou uma "colinha" para o dia da eleição (explicando como a urna eletrônica funciona).
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