Imaginemos que os ministros do STF façam um julgamento político do mensalão. Se assim fosse, qual seria o caminho mais lógico?
Parece claro que há evidências, mas não há provas nítidas. Neste caso, não seria possível condenar uma grande maioria. Mas, se for para agradar uma parcela da opinião pública, principalmente aquela que gravita ao redor dos editores da grande imprensa, o caminho seguro seria punir os expoentes, aqueles que neste período todo se tornaram ícones. No caso, José Dirceu, Delúbio e Marcos Valério. Não haveria necessidade de mais ninguém, já que não se tornaram figuras emblemáticas para o grande público, com exceção de Roberto Jefferson. Mas Jefferson foi o delator. O que poderia pesar algum atenuante ao olhar público.
O problema é que tecnicamente só há indícios. Alguns analistas afirmam que apenas pela sustentação na tribuna do STF, o cidadão que não tem nas mãos os autos terá uma leve noção das provas colhidas. Pode ser. Mas, neste caso, o advogado de Roberto Jefferson acertou em cheio: o Procurador Geral não teria trabalhado corretamente.
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