Gabriel Chalita foi o segundo a expor suas propostas para a educação paulistana. Começou didático, relatando duas visitas que fez recentemente, uma no Clube Hebraica e outro na Pedreira. Comparou o acesso de crianças às piscinas e quadras de esportes no Hebraica com as crianças nas lages da Pedreira, correndo riscos. A partir daí, sugeriu que a capital metropolitana vive um paradoxo. Um orçamento de 40 bilhões de reais ("o orçamento do Chile"), um PIB de 450 milhões, a 10a cidade do mundo. Mas que apresenta um brutal déficit educacional.
Saltou desta introdução para expor o que fez quando secretário da educação. O foco foi o método que utilizou. Afirmou que todos programas implantados por ele foram sugestões de professores: as bolsas de mestrado para professores, os currículos votados (de arte e educação física e, mais tarde, filosofia), as escolas abertas nos finais de semana. A ênfase foi o diálogo.
A partir daí, começou a expor suas propostas. E começou pelas creches. Quando citou que irá conveniar, foi vaiado. Foi o único candidato a ser vaiado neste evento. Embora não demostrasse descontrole, sua fala se perdeu. Durante todo o restante do tempo, tentou achar uma porta para seduzir o público novamente. O discurso sedutor parece uma ideia fixa do candidato do PMDB. Tateou. Falou de escolas em tempo integral, citou literatura, listou a valorização dos profissionais. Nada com detalhamento. Parecia evidente que procurava retomar o vínculo emocional com a plateia. A situação criada ficou mais forte porque parecia o inverso do discurso anterior, de Haddad.
Não convenceu. No tema que Chalita deveria nadar de braçada. Autoconfiança exagerada, talvez.
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