quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Carlos Giannazi e as propostas para a educação paulistana

Foi o candidato mais aplaudido, desde sua apresentação, no evento organizado pelo SINESP. Giannazi foi professor e diretor da rede municipal de ensino. É muito conhecido e respeitado e sempre esteve ao lado do movimento sindical da área. É firme e tranquilo. Mas suas propostas ainda estão presas a uma dimensão corporativa da educação.
Começou citando os escândalos envolvendo máfias das merenda escolar, do lixo, do serviço funerário na capital paulista. Tinha um alvo: criticar a redução de gastos municipais com a educação. Lembremos que Giannazi foi expulso do PT por ter votado contra o projeto da prefeita Marta Suplicy (PT) que incluiu novos gastos na verba da educação, quando vereador na capital paulista. Até então, os gastos definidos pela Lei Orgânica do Município eram de, no mínimo 30%. Com a mudança na composição dos gastos da área, Giannazi criticou a inclusão de gastos da assistência social na rubrica educacional. Expulso, ingressou no PSOL.
Sua argumentação avançou, como não poderia deixar de ser, para o retorno ao gasto de 30% do orçamento exclusivamente para manutenção e investimento na área educacional.
Também defendeu o retorno do orçamento participativo e a introdução do planejamento participativo na cidade de São Paulo. Propôs a eleição direta de subprefeitos (são 31 subprefeitos) a efetivação do conselho de representantes das subprefeituras e a eleição direta dos dirigentes regionais da área educacional.
Defendeu a carreira de diretor escolar, com ingresso por concurso público de provas e títulos, como sustenta o SINESP.
Criticou as escolas sem autonomia para efetuar matrículas e se comprometeu com a volta da guarda civil metropolitana na manutenção da segurança nas escolas, retirando-a do combate aos camelôs (algo que foi reforçado por vários outros candidatos presentes neste evento).
O discurso, como não poderia ser diferente, foi muito afinado com a pauta da categoria. Faltou, contudo, uma visão geral, estratégica, da educação e algo vinculado à carreira docente e sistema de ensino e avaliação em São Paulo.

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