Era uma premonição. Fui assistir, ontem, com minha esposa e filha, o último filme de Woody Allen. Um esculacho na minha Itália. Coisa de anglo-saxão. Adoram dizer que para calar a boca de um italiano basta amarrar suas mãos ou que italiano deve ser gênio gastronômico já que faz um mesmo prato servido de maneira diferente e todos acreditam ser algo profundamente distinto.
Sabemos que a Inglaterra não é lá modelo de gastronomia. De qualquer maneira, foi uma pedrada nada sutil ridicularizando a depressão italiana, o exagero (precisava tirar sarro em ópera?), a sexualidade e assim por diante.
Mas, como dizia, era uma premonição. Fui assistir o filme algumas horas antes do jogo da Espanha contra a Itália. Eu não fui competente para ler o que a noite estava me dizendo. Da próxima vez, não assistirei filme de anglo-saxão antes do jogo da Itália. Muito menos se ele tentar declarar amor a Roma.
2 comentários:
Também assisti ontem, com minha namorada, e fiquei com um mal-estar similar ao teu. Um eixo temático perpassa o roteiro: a questão do público e do privado (em oposição a homenagem a poesia de Paris). Mas a "pastelice" esteve presente em muitos momentos: extrapolou na piada do Beligni e na profundida de quase todos os personagens, especialmente os "latinos" retratados, para variar, como se fossem irracionais e volúveis. Enfim, não deu o que falar! Abraço, Fernando
Em tempos de superficialidade, até Woody Allen anda com preguiça de pensar! Medíocre é elogio pro filme "Para Roma com Amor"...e pensar q ele se baseia no Decameron...Boccaccio deve tá se contorcendo no túmulo...
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