quarta-feira, 4 de julho de 2012

O tudo ou nada na política de BH

Como já era previsto, a cada período surge uma "novidade" na composição eleitoral do que parece que vai ser a disputa mais acirrada do Estado, neste período pós-regime militar.
A última do momento é: Patrus Ananias se alia ao PMDB. Seu vice seria o então candidato a prefeito, Leonardo Quintão. Mas ele já declinou do convite. Está em Brasília. Oficiosamente há informações que negocia o Ministério das Minas e Energia como prêmio de consolação. PDT entraria na fatura. E o PCdoB já insinua sair do barco de Lacerda.
Na outra ponta, Lacerda com o PV, tendo Délio Malheiros (também até então candidato a Prefeito) de vice. Com o robusto apoio de PSDB/Aécio.
A polarização na capital mineira é muito salutar para a politização da região metropolitana. Nos últimos anos, tudo se confundia. Não que os partidos tenham projetos muito distintos. Mas existem afinidades.
A eleição, se assim ficar, será de altíssimo risco para todos personagens envolvidos. Quem perder enfiará a viola na sacola. Mas mesmo quem ganhar poderá mudar a composição partidária do seu partido.
Este é o caso do PT e do PSB. Se Patrus vence as eleições, diminui sensivelmente os espaços de Pimentel, que pode amargar dividir os louros do governo federal com o PMDB (com ministério novo).
Se Lacerda vence, ficará por demais atrelado ao PSDB. Dependendo das articulações nacionais entre PT e PSB, poderá ficar asfixiado no seu atual partido. Poderá, ainda, ser um grande aríete de Eduardo Campos.
Portanto, prato cheio para analista político.

4 comentários:

Lingua de Trapo disse...

Rudá, essa eleição vai ser tão emocionante quanto a disputa futebolística de logo mais. Adivinhe para quem estou torcendo?

Ewerardo Tabatinga disse...

...prato cheio para analista político e também para palpiteiro, como eu, que acha que a tentativa da coligação, fracassada, do PT não foi com o PSB, mas, com os tucanos. Tanto assim que a indicação foi feita pelo Aécio, a quem o prefeito devia obediência. Agora, nada mais compreensível do que a busca pela composição com o PMDB, que já é da base aliada dos governos petistas a nível nacional. Bom para o PMDB que terá, aqui, a especial oportunidade de participar dos projetos sociais do PT. Quanto aos tucanos, tudo indica que, na queda, perderão também o bico.

Lucas disse...

Ruddá, você considera que a saída de Leonardo Quintão (PMDB) da disputa altera o quadro da eleição em BH? Peço também que vote na pesquisa que estou realizando no meu blog: estudoslegislativos.blogspot.com

um abraço
Lucas Cunha

Rudá Ricci disse...

Lucas,
Leonardo Quintão tem entrada no eleitorado evangélico, em especial, em Venda Nova. A chapa Patrus/Quintão teria este poder de somar parte dos católicos com evangélicos.
Aloísio Vasconcellos é um vice protocolar, foi deputado constituinte, ou seja, faz muito tempo que disputou eleição e não possui recall.
A transferência de voto de Quintão, no meu entender, é muito baixa. Mas Patrus tem luz própria. A disputa será acirrada.