Campanhas no interior mineiro: de R$ 7.000 a R$ 15 milhões
Em relação ao número de eleitores, candidatos modestos vão investir mais
De R$ 7.000 a R$ 15 milhões. Esta é a variação do custo das campanhas eleitorais para as 852 prefeituras mineiras neste ano, sem contar com a capital. O maior valor é encontrado, principalmente, na região metropolitana e nas cidades polos do Estado.
Enquanto a campanha do deputado estadual Carlin Moura (PCdoB), candidato à Prefeitura de Contagem - cidade mais populosa depois da capital -, gira em torno dos R$ 15 milhões, o candidato a prefeito de Doresópolis, no Alto Paranaíba, Elinho (PT), entra na disputa com apenas R$ 7.000. O município está entre as três cidades do Estado com o menor número de habitantes.
Apesar da grande diferença nos valores absolutos - 2.000 vezes do menor para o maior -, os gastos médios dos candidatos por eleitor surpreendem. O atual prefeito e candidato à reeleição de Cedro do Abaeté, na região Central do Estado, Hilário Dark dos Reis (PMDB), investirá R$ 150 mil na campanha. Como a cidade tem cerca de 1.500 eleitores, ele pretende gastar, em média, R$ 112 por eleitor. Já o candidato de Contagem com maior previsão de gastos, Carlin Moura, gastará, em média, R$ 35 por eleitor (a cidade possui cerca de 420 mil votantes).
"O que acontece no interior, muitas vezes, é a disputa dos padrinhos políticos das cidades, que acaba inflacionando as campanhas eleitorais, como se fosse uma competição de mercado. Como o orçamento público não está mais na mão dos municípios, os deputados federais viraram articuladores da política na região", avalia o cientista político Rudá Ricci.
Uberlândia, Juiz de Fora e Betim também fazem parte do time das campanhas milionárias. Gilmar Machado (PDT) pretende investir R$ 12 milhões para o pleito em Uberlândia, no Triângulo. Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, Margarida Salomão (PT) deve gastar R$ 10 milhões para se eleger como chefe do Executivo. Em Betim, Carlaile Pedrosa terá R$ 6 milhões para disputar a eleição.
Enquanto isso, nas menores cidades de Minas, o valor máximo previsto para ser investido na corrida eleitoral de outubro é o do candidato Aladir Caetano Alves (PDT), com R$ 200 mil, concorrente do petista Elinho à Prefeitura de Doresópolis.
Em seguida, aparece a cidade de Consolação, na região Sul, com Maurilio do Correio (PMDB) investindo R$ 100 mil. No município de Paiva, na Zona da Mata, Jair Toledo (PMDB) é o que pretende gastar mais: R$ 50 mil. Essas cidades têm menos de 2.000 habitantes. A média de gasto por eleitor fica entre R$ 33 e R$ 112, enquanto a média das cidades mais populosas gira entre R$ 24 e R$ 35.Sozinha
Investimento. A menor cidade de Minas Gerais, Serra da Saudade, região Centro-Oeste do Estado, só tem a atual prefeita na disputa, que tenta a reeleição. Neusa Ribeiro (PDT) declarou que deve gastar R$ 70 mil.
Enquanto a campanha do deputado estadual Carlin Moura (PCdoB), candidato à Prefeitura de Contagem - cidade mais populosa depois da capital -, gira em torno dos R$ 15 milhões, o candidato a prefeito de Doresópolis, no Alto Paranaíba, Elinho (PT), entra na disputa com apenas R$ 7.000. O município está entre as três cidades do Estado com o menor número de habitantes.
Apesar da grande diferença nos valores absolutos - 2.000 vezes do menor para o maior -, os gastos médios dos candidatos por eleitor surpreendem. O atual prefeito e candidato à reeleição de Cedro do Abaeté, na região Central do Estado, Hilário Dark dos Reis (PMDB), investirá R$ 150 mil na campanha. Como a cidade tem cerca de 1.500 eleitores, ele pretende gastar, em média, R$ 112 por eleitor. Já o candidato de Contagem com maior previsão de gastos, Carlin Moura, gastará, em média, R$ 35 por eleitor (a cidade possui cerca de 420 mil votantes).
"O que acontece no interior, muitas vezes, é a disputa dos padrinhos políticos das cidades, que acaba inflacionando as campanhas eleitorais, como se fosse uma competição de mercado. Como o orçamento público não está mais na mão dos municípios, os deputados federais viraram articuladores da política na região", avalia o cientista político Rudá Ricci.
Uberlândia, Juiz de Fora e Betim também fazem parte do time das campanhas milionárias. Gilmar Machado (PDT) pretende investir R$ 12 milhões para o pleito em Uberlândia, no Triângulo. Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, Margarida Salomão (PT) deve gastar R$ 10 milhões para se eleger como chefe do Executivo. Em Betim, Carlaile Pedrosa terá R$ 6 milhões para disputar a eleição.
Enquanto isso, nas menores cidades de Minas, o valor máximo previsto para ser investido na corrida eleitoral de outubro é o do candidato Aladir Caetano Alves (PDT), com R$ 200 mil, concorrente do petista Elinho à Prefeitura de Doresópolis.
Em seguida, aparece a cidade de Consolação, na região Sul, com Maurilio do Correio (PMDB) investindo R$ 100 mil. No município de Paiva, na Zona da Mata, Jair Toledo (PMDB) é o que pretende gastar mais: R$ 50 mil. Essas cidades têm menos de 2.000 habitantes. A média de gasto por eleitor fica entre R$ 33 e R$ 112, enquanto a média das cidades mais populosas gira entre R$ 24 e R$ 35.Sozinha
Investimento. A menor cidade de Minas Gerais, Serra da Saudade, região Centro-Oeste do Estado, só tem a atual prefeita na disputa, que tenta a reeleição. Neusa Ribeiro (PDT) declarou que deve gastar R$ 70 mil.
ANÁLISE
Diferença entre os adversários é decisiva
Apesar de o montante de recursos direcionados às campanhas das cidades polo ser muito maior do que os destinados ao interior, o resultado em qualquer município será definido, principalmente, pela diferença de investimentos entre os adversários. A avaliação é do cientista político Rudá Ricci.
O petista Elinho, candidato em Doresópolis, por exemplo, possui um valor 14 vezes menor do que seu concorrente, Aladir Caetano Alves (PDT). Com R$ 200 mil para gastar na campanha, o custo médio para cada eleitor gira em torno de R$ 132 para o pedetista. Já Elinho conta apenas com R$ 4 para investir em cada eleitor. "Sem dinheiro, o candidato tem que trabalhar em dobro. Ele deve fazer núcleos de apoio, investir no boca a boca e aproveitar o máximo de tempo antes dos últimos dias de campanha para se relacionar".
Contagem vive situação semelhante. Enquanto Carlin Moura (PCdoB) pretende investir R$ 15 milhões, o concorrente Ademir Lucas (PSDB) com menor valor entre os principais terá apenas R$ 5 milhões, 300 % a menos. (GP)
O petista Elinho, candidato em Doresópolis, por exemplo, possui um valor 14 vezes menor do que seu concorrente, Aladir Caetano Alves (PDT). Com R$ 200 mil para gastar na campanha, o custo médio para cada eleitor gira em torno de R$ 132 para o pedetista. Já Elinho conta apenas com R$ 4 para investir em cada eleitor. "Sem dinheiro, o candidato tem que trabalhar em dobro. Ele deve fazer núcleos de apoio, investir no boca a boca e aproveitar o máximo de tempo antes dos últimos dias de campanha para se relacionar".
Contagem vive situação semelhante. Enquanto Carlin Moura (PCdoB) pretende investir R$ 15 milhões, o concorrente Ademir Lucas (PSDB) com menor valor entre os principais terá apenas R$ 5 milhões, 300 % a menos. (GP)
CARTILHA
Recursos têm regras para serem arrecadados
Os candidatos precisam ficar atentos às regras de arrecadação e prestação de contas de campanha determinadas pela Justiça Eleitoral. Mesmo aqueles que têm poucos recursos disponíveis para a disputa estão na mira do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Ontem, o órgão lançou o "Guia do Candidato para arrecadar, gastar e prestar contas de campanha", que traz um passo a passo dos procedimentos que os candidatos devem adotar desde antes do início da campanha até a prestação das contas.
A cartilha aponta o que pode e o que não pode ser feito para arrecadar dinheiro, bens e serviços; como gastar e prestar contas durante e depois da eleição. Ainda apresenta a legislação completa referente ao tema.
A cartilha será distribuída a todos os cartórios eleitorais de Minas, que as repassarão aos candidatos a prefeito e a vereador. Mas os interessados podem consultar o guia pela internet, no site do TRE.
Editado pela primeira vez nas eleições de 2008, o guia traz as alterações impostas pela Lei nº 12.034/09 que já foram aplicadas nas eleições de 2010, mas só agora valerão para eleições municipais. (GP)
Ontem, o órgão lançou o "Guia do Candidato para arrecadar, gastar e prestar contas de campanha", que traz um passo a passo dos procedimentos que os candidatos devem adotar desde antes do início da campanha até a prestação das contas.
A cartilha aponta o que pode e o que não pode ser feito para arrecadar dinheiro, bens e serviços; como gastar e prestar contas durante e depois da eleição. Ainda apresenta a legislação completa referente ao tema.
A cartilha será distribuída a todos os cartórios eleitorais de Minas, que as repassarão aos candidatos a prefeito e a vereador. Mas os interessados podem consultar o guia pela internet, no site do TRE.
Editado pela primeira vez nas eleições de 2008, o guia traz as alterações impostas pela Lei nº 12.034/09 que já foram aplicadas nas eleições de 2010, mas só agora valerão para eleições municipais. (GP)
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