quinta-feira, 5 de julho de 2012

Teófilo Otoni acompanha o imbróglio de BH

A situação é cada vez mais confusa na política mineira. Vejam este artigo de Luis Alberto Bassoli sobre Teófilo Otoni, onde o PT governa:





  • Começou a Corrida Maluca
    Luis Alberto Bassoli

    Desde o ano passado, meus leitores do Tribuna do Mucuri e então ouvintes na Rádio 98 me ouviram chamar a eleição municipal de 2012 em Teófilo Otoni de ‘corrida maluca’. Começou...

    Embora até dia 5 de julho as situações podem se embaralhar, devido a coligações a serem montadas, já podemos antever um quadro interessante.

    Não vou analisar aqui os políticos candidatos a prefeito, seus potenciais governos ou mandatos, mas as ‘candidaturas’, enquanto potencial e característica.

    Duas candidaturas se põem de forma ‘óbvia’. O candidato Getúlio Neiva, ex-prefeito, após duas derrotas seguidas, apresenta-se como o nome do governo estadual. Neste sentido, trata-se de uma incógnita o que acontecerá: que força seu vice traz à chapa? Os dois principais representantes políticos de Aécio Neves na região faleceram no último ano e meio: Aécio Cunha e Paulo Viana, sem contar Kemil Kumaira. O governador atual não é um político. Quem vai comprar esta briga? Getúlio carrega um eleitorado em boa parte ‘fã de carteirinha’, mas traz contra si uma rejeição significativa. Se anula seu eleitorado e seu anti-eleitorado?

    Ricardo Bastos, nome que o PT impôs até mesmo à prefeita Maria José e seu principal assessor, Rudson Kerley, é outra dúvida: conseguirá trazer à sua candidatura a força de sua vida empresarial? Nunca militou na política partidária pública. Conseguirá mobilizar o PT? Conseguirá convencer os decepcionados com o mandato de Maria José que levará ao governo o que o partido ficou devendo nos dois mandatos da prefeita?

    O nome de Fátima Dantas surge de última hora, e traz uma perspectiva nova à eleição. Não poderá criticar o governo de Maria José, já que fez parte dele o tempo todo, na Câmara ou como secretária. Por outro lado, poderia dizer que não era a força maior do governo. Pode ser até uma forma de parte do PT, derrotada no partido, de encontrar uma liderança política em quem se apoiar, com o risco de ‘cristianizar’* Ricardo, caso a candidatura dele não decole. Não deixa de ser uma candidata governista, sem sê-lo. É uma liderança surgida em comunidade popular, com força na zona rural e entre os vereadores.

    A última eleição que tivemos 3 candidatos trouxe um resultado surpreendente. Em 2000, quando todos imaginavam que Maria José se elegeria, Getúlio Neiva ganhou, segundo a ‘lenda’ que se espalhou (e com muitos depoimentos de bastidores), com o apoio não público de última hora de Edson Soares. Os três chegaram quase emparelhados. E como, segundo um jornalista me alertou na época, se Edson Soares não tivesse parado sua campanha em setembro, e transferido votos, talvez ganhasse a eleição (números oficiais de votos daquele pleito: Edson Soares 16.747, Maria José 20.806, Getúlio Neiva 22.780). 3 candidatos permite qualquer resultado.

    Começou a corrida maluca.

    É tempo de refletir, e até a próxima. Deus está conosco.

    *Referência usada na política brasileira para a ação dos políticos do PSD (ironia!) em 1950, quando lançaram Cristiano Machado para presidente, e o abandonaram para apoiar Getúlio Vargas.

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