domingo, 29 de julho de 2012

Ciro Gomes, o demolidor

A entrevista de Ciro Gomes no Estadão de hoje é mais um movimento do estilo Schwarzenegger que lhe é peculiar. Detona Aécio Neves dizendo que abandonou uma postura mais altiva, que tinha na aliança PT-PSDB, mediada pelo PSB (cita BH como exemplo), para algo mais pueril e afinado com a pasmaceira do sistema partidário. Se a análise está correta, a motivação do Predador parece muito menos racional. Vejamos:
1) Ciro fala como um alienígena do sistema partidário. Chega a ser populista porque paira sobre o mundo real da política, do qual faz parte;
2) Ataca Aécio que, com sua ação em BH, teria sinalizado aproximação com o PSB. Assim, após a entrevista de Eduardo Campos à Folha, tenta pegar o bonde no estilo "mais realista que o rei". É como se entrasse pelas portas do fundo para avisar que o PSB é independente. Mas seu chefe já disse isto, pouco antes.

Assim, a motivação parece exclusivamente pessoal. Além de tentar ocupar algum espaço no PSB, reage a toda movimentação que tenta enquadrar ou rotular sua participação no jogo político. Quando estava prestes a ingressar no PDT, só faltou atacar a mãe dos dirigentes do partido brizolista. Mas tinha informações seguras que as negociações estavam muito avançadas. Agora, quando o PSB faz este jogo do vai-não-vai com Lula, ataca Aécio.
Só falta ele se jogar na lama para confundir os inimigos invisíveis.

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