sábado, 29 de agosto de 2009

Coping e stress na adolescência


Acabo de assistir entrevista no GNT Alternativa Saúde, com o crítico de cinema David Gilmour. Gilmour fez o que poucos pais arriscariam fazer: em face da infelicidade do menino com a vida escolar, permitiu que ele deixasse os estudos (o filho tinha 15 anos, na época). Mas impôs uma condição. Toda semana, Jesse deveria assistir a três filmes que seu pai escolhesse. Os Incompreendidos, de François Truffaut, inaugurou a seleção. Uma iniciativa questionável. Contudo, uma fala dele, na entrevista, me chamou a atenção. Ele diz, ao final, que o pai precisa ser um exemplo de vida (olha a transferência freudiana, aí!). Caso contrário, o adolescente procurará uma figura forte em seu grupo (tribo) para se espelhar. É o que vários estudos ingleses demonstram. Que cada vez mais os pares de idade definem o perfil da personalidade dos jovens.
Algo que se relaciona com o que alguns estudiosos vem denominando de coping, ou seja, uma situação de stress com pré-adolescentes ou adolescentes que percebem que um dado comportamento ou exigência está além de suas possibilidades reais e concretas. É cada vez mais comum tal situação. E a fuga é imediata.

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