quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Razão e Sensibilidade, na política


O fato da política nacional não respeitar a sensibilidade e percepção (ver nota abaixo) tem relação com o pensamento moderno. A modernidade excluiu a percepção como elemento da verdade. Pelo contrário, é a razão e a lógica que levariam à verdade. Assim, a percepção seria um convite ao erro, ao engano, ao melodrama. Os políticos brasileiros, sem mesmo ter tal grau de sofisticação intelectual, formam uma tribo cujo protocolo é justamente negar (ou driblar) a percepção e a sensibilidade humanas. Uma pobreza de espírito.

3 comentários:

AJOSP disse...

Perfeito! Tirou as palvras da minha boca, com raras exceções, aqui no governo de MG aplica-se essa lógica. Prevalece a letra fria e insensível da tecnocracia governamental. Resultado: 48 ações judicais de aposentados ( estamos falando de direito adquirido)contra o famigerado plano de cargos e salários do gov. do Estado. Falta ao governador Aécio, alma de estadista e não de governante.

AngelMira disse...

Mas, essa não é característica só de MG...

Fatima disse...

Perfeito Ruda! Aliás AJOSP já utilizou a mesma exprssão que me ocorreu quando li.
Como tudo contem contradições, imagino que, por outro lado, não se acredita nisso de forma absoluta na política. E portanto tem o outro lado da moeda: sabe-se muito bem como atingir sentimentos e sensibilidades quando se trata de tentar seduzir corações e mentes com práticas populistas e que obscurem o pensamento mais livre.