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Uma onda de avaliações sistêmicas, todas fundadas em métodos quantitativos, invadiu o Brasil a partir de meados dos anos 90. Fundadas nas teorias norte-americanas e francesas, passaram a ser o único norte das políticas públicas educacionais.
A anti-política de premiação de professores está fundada na melhoria a qualquer custo destes indicadores. E a pobreza das propostas curriculares idem.
Hoje, falei num encontro de educação fiscal em Machado, sul de Minas Gerais (próximo de Poços de Caldas). Trata-se de um programa nacional (PNEF, Programa Nacional de Educação Fiscal). Mas o MEC procura ignorar este que é a mais importante propostal curricular para a formação da cidadania. Sintomaticamente, a Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais também procura ignorar esta proposta. O mais surpreendente é que órgãos da fazenda e receita dos Estados e governo federal abraçam apaixonadamente esta proposta. Um inversão de valores. Por quê? Porque as avaliações sistêmicas quantitativas empobrecem o debate pedagógico e curricular no Brasil. As avaliações sistêmicas parecem corretas, mas são frágeis e promovem o atraso educacional do país.
Para um passeio pelos métodos qualitativos de avaliação em educação veja Investigação Qualitativa em Educação, de Robert Bogdan e Sari Biklen (Porto Editora, Portugal).
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