domingo, 9 de agosto de 2009

Efeméride das mais freudianas


Minha esposa afirma que a relação filho-pai é das mais fortes e sofridas. Acho que quem está envolvido diretamente nesta relação tem dificuldades para perceber algo tão dramático. Mas, sem dúvida, é uma relação de amor, de identificação (transferência, diriam os freudianos) bem forte, saturada. Daí que dia dos pais é efeméride meio difícil de encaixar como data comercial. Dia das mães é mais palatável. A figura da mãe é mais standart. Do pai é ainda bem enigmática.
A origem desta efeméride, acredito, veio depois do dia das mães (existe um relato da homenagem na Babilônia, 4 mil anos atrás, mas ficou esquecida por muito tempo). Meio como compensação. Nos EUA, foi criada em 1909, através de uma petição de Sonora Dood, que queria homenagear o pai por ter criado os filhos sozinho, após falecimento da esposa (Nixon oficializou em 1972, mas Coolidge, aquele que presidiu os EUA da Grande Depressão, já havia apoiado a idéia de oficializar esta data). Pode? Uma homenagem ao pai-mãe. Sintomático. No Brasil, foi ideía de um publicitário (Sylvio Bhering) e foi comemorada pela primeira vez em 1953.
O negócio é comemorar o dia, ganhar presentes e torcer para o Timão se recuperar logo do desmonte.

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