Vou reproduzir algumas passagens do livro para entrarem no mundo de Johnson:
(...) Para que a mágica da revolução
digital ocorra, um computador deve também representar-se a si mesmo ao usuário,
numa linguagem que este compreenda. (p.17)
(...) Já podemos ver os primeiros
movimentos dessa nova forma em designs recentes de interface que foram além da
metáfora bidimensional do desktop para chegar a ambientes digitais mais
imersivos: praças, shoppings centers, assistentes pessoais, salas de estar.
(p.20)
(...) (P. 20 e 21) A grande investida de
Engelbart [Doug Engelbart, inventor do mouse] envolveu o princípio da
manipulação direta. Representar um documento de texto como uma janela ou um
ícone era uma coisa, mas, a menos que o usuário tivesse algum controle sobre
essas imagens, a ilusão seria remota, pouco convincente (...). Foi aí que
entrou a manipulação direta. Em vez de teclar comandos obscuros, o usuário
podia simplesmente apontar para alguma coisa e expandir seus conteúdos, ou
arrastá-lo através da tela. Em vez de dizer ao computador para executar uma
tarefa específica – “abra este arquivo” -, os usuários pareciam fazê-los eles
próprios. (...) Mas a imediatez táctil da ilusão dava a impressão de que agora
a informação estava mais próxima, mais à mão, em vez de mais afastada.
Sentíamos que estávamos fazendo alguma coisa diretamente com nossos dados, em
vez de dizer ao computador que a fizesse por nós. (...) O feedback visual dava
à experiência seu caráter imediato, direto: se o mouse fosse movido um
centímetro ou dois à direita, o ponteira na tela faria o mesmo. (...) O mouse
permitia ao usuário entrar naquele mundo e manipular realmente as coisas dentro
dele, sendo por isso muito mais que um mero dispositivo apontador;
(...) A infosfera é hoje parte de nossa
“vida real” – o que torna o comentário sobre ela tão natural quanto o
comentário sobre o tempo (P.27);
(...) o que tornava o desktop do Mac
original tão revolucionário era seu “caráter”. Tinha personalidade, senso de
humor. Exigia uma magistral integração de forma e função (...). Podíamos
alterar o padrão de nosso desktop, criar nossos próprios ícones. (...) O
computador que você utilizava revelava seu tipo de personalidade (...) (P. 41)
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