A entrevista publicada ontem na Folha foi um desastre. Uma lição de como arranhar uma carreira que já se encontrava no topo da vida profissional. Revelou intimidades, indicando alta vaidade do ministro do STF. Foi mais longe e indicou alguém atento aos escaninhos do poder, se submetendo ao gosto e às oportunidades que um possível padrinho poderia abrir. Foi de porta em porta pedir apoio a qualquer um que pudesse chegar ao Rei. Mas, destaca, com critérios. Critérios para se encaixar ao padrão do reinado, que era observado atentamente, estudado, avaliado, pelo futuro ministro. Revelou, ainda, que a entrevista que concedeu à Folha foi um contragolpe, a partir das manifestações não tão privadas do governo federal de que o ministro teria mentido, quando de sua indicação, que absolveria os dirigentes do PT.
Aprendi com meu pai que temas como estes, dos porões da vida pessoal, quanto mais se explica, mais complica. Querer explicar é como que dar visibilidade àquilo que se quer negar ou esquecer. Pablo Neruda também citava, em Confesso que Vivi, um ditado chinês que afirmava que quem quer ficar invisível, basta não aparecer. Uma lição também dada por Sthendal em O Vermelho e o Negro.
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