Uma das inovações implantadas pelo fordismo lulista foi a implantação do neocorporativismo sindical, modelo europeu onde as centrais sindicais se inserem na estrutura de governo (e, em alguns casos, de Estado) definindo políticas e indicando gestores. Neste final de ano, fomos brindados com dados que definem com precisão os contornos deste modelo.
Primeiro dado: as centrais sindicais receberão, até o final do ano 160 milhões de reais de repasses do governo federal, somente no que tange ao imposto sindical. É o dobro do recurso repassado em 2008, quando Lula inicia esta política. CUT e Força Sindical receberão a maior parcela deste montante que representa ao redor de 70% do seu orçamento total. As duas centrais sindicais comandam o ministério do trabalho, além de indicar o ministro. Também dirigem fundos de pensão e agências reguladoras.
Segundo dado: os jetons pagos a sindicalistas que participam de conselhos de estatais variam de 3 mil a 15 mil. O conselho da Petrobrás paga pouco mais de 8 mil de reais de jeton para cada reunião de duas horas.
Novo mundo do trabalho, não?
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