A Fundação João Pinheiro divulgou dados preliminares sobre o crescimento do PIB na semana que passou. Segundo seus dados, o PIB do Estado teria crescido 2,3% em 2012, muito acima da média nacional. Estes dados preliminares só serão confirmados em dois anos, o que exige cautela.
Mas, desde já, os números revelam mais do que o ufanismo inicial sugere. Minas apresentou taxa inferior que Bahia e Ceará, dois Estados que não são considerados motor econômico do país. Apresentou melhor performance que São Paulo (que cresceu 1,3% em 2012).
O carro chefe deste crescimento foi, mais uma vez, a produção com baixo valor agregado, o que não altera os valores salariais baixos praticados no Estado (a média salarial em quase todas profissões e atividades econômicas está, sempre, abaixo da média nacional), por demandar mão-de-obra semi-qualificada.
Assim, milho, soja e café puxaram o PIB da agropecuária (que subiu 4,4% no ano passado).
Vale destacar que a produção de energia cresceu abaixo da média nacional, dado interessante em virtude do conflito aberto com o governo federal relacionado à queda do custo da energia elétrica ao consumidor final. Café arábica representou 35% do valor da produção agrícola mineira, chegando a quase metade do crescimento total do PIB.
Enfim, boa sinalização. Porém, merece que os analistas coloquem o pé no freio.
Em tempo: a ilustração desta nota não apresenta os dados desta prévia divulgada pela FJP.
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