sexta-feira, 8 de março de 2013

Início dos trabalhos de consultoria e atualização do blog

Começamos o ano (pós Carnaval) em ritmo forte. Muitas viagens para início de consultoria à várias prefeituras, começando com planejamento estratégico e instalação de sistemas de monitoramento de resultados e metas. É extremamente gratificante quando conseguimos sentir que realmente ajudamos governos a não perderem seu foco inovador. Gostaria de comentar, neste sentido, algo sobre o risco de uma gestão se perder por falta de foco e monitoramento.
Em mais de duas décadas de consultorias na área, é comum que um novo governo, com boas intenções e boa equipe, acabar por não diferenciar o que é rotina do que é emergencial e estratégico (ou prioritário). Ao fazer esta confusão, adota uma ação etapista, acreditando que se atender a rotina e o emergencial, terá tempo no futuro para se dedicar ao estratégico. Um erro fatal. Rotina é manutenção. E toda manutenção é repetitiva. É como limpar nossa residência. O que fizemos hoje, faremos amanhã ou depois de amanhã e assim, sucessivamente. Portanto, o comando de um governo define protocolos para as rotinas (conduta, critério de seleção de demandas, prazos e forma de atendimento ao público) e deixa para um assessor controlar e coordenar as rotinas. Se o gestor que está no comando político mergulhar nesta trama administrativa, se reduz à gerente.
As emergências são previsíveis até certo ponto, em especial, as sazonais, como impacto do período de chuvas ou seca. É possível prevenir, em parte. Mas não sabemos exatamente, onde ocorrerão tragédias. Há o imponderável. Neste caso, o que é sazonal pode ser planejado ou prevenido com antecedência. Mas aquilo que não é previsto pode ser remediado com a organização de um Gabinete de Crise. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará define crise como
"Todo o incidente ou situação crucial não rotineira, que exija uma resposta especial da Polícia, em razão da possibilidade de agravamento conjuntural, inclusive com risco de vida para as pessoas envolvidas, e que possa manifestar-se através de motins em presídios, assaltos a bancos com reféns, sequestros  atos de terrorismo, tentativas de suicídio, ocupação ilegal de terras, bloqueio de estradas, dentre outras ocorrências de vulto, surpreendendo as autoridades e exigindo uma postura imediata das mesmas, com emprego de técnicas especializadas".
É possível ampliar este conceito para outras áreas e situações de governo, criando grupos de trabalho, organizando protocolos e ações integradas.
Mas o papel essencial do gestor político é garantir as diretrizes, as estratégias de governo. Aquilo que estará estampado no seu Plano Plurianual e que lhe confere identidade e imagem pública.
Qualquer brasileiro sabe que o foco das gestões Lula foi o combate à pobreza e que das gestões Aécio foi o choque de gestão. Os projetos estratégicos são os últimos a sofrer cortes orçamentários, são os que tem a garantia de receber reforços de todos órgãos de governo para garantir suas metas.
Se os governos não se organizam assim, se perdem. É lei. Um vaticínio. Podemos brincar de trocar o pneu com o carro andando ou fazer vaca voar, mas é só brincadeira. Na prática, governar é foco e arte.
Além das prefeituras, começaremos as consultorias para governos estaduais, fóruns e ongs.
Enfim, os problemas atuais de atualização diária do blog tem relação com estas viagens. Nem sempre há boa conexão (ou até alguma conexão) nos locais onde estamos. E, quando há, nem sempre as atividades liberam algum tempo para acessarmos a internet. Mas que será atualizado na semana, não há dúvida. Promessa registrada em cartório.

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