Pode ser coincidência, mas estou presenciando o declínio de vários fóruns de ongs e organizações populares, criados ao longo dos anos 1990 para defender a ampliação de direitos sociais e individuais. As entidades que se vinculavam a esses fóruns já não participam efetivamente e as reuniões de coordenação são desmarcadas por falta de quórum. Há casos em que membros da coordenação nacional praticamente jogam a toalha.
Seria apenas coincidência ou o esgotamento de uma tentativa de articulação temática nacional?
A tal sociedade civil organizada (uma expressão criada que promoveu várias ongs à condição de representação social) estaria se desarticulando?
Ilse Sherer-Warren (UFSC) escreveu um interessante ensaio em 2007 em que destacava a dificuldade da passagem da organização identitária para uma organização multi-identitária, de uma pauta específica para a construção de agendas articuladas, envolvendo histórias, interesses e rotinas peculiares.
Enfim, a relação articulada entre atores coletivos distintos, em estruturas interorganizacionais não parecem ter dado frutos sólidos.
O que o internauta avalia a respeito desta provocação que faço?
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