As eleições nas capitais da região sudeste parecem similares, com exceção de São Paulo. Belo Horizonte, Vitória e Rio de Janeiro parecem seguir uma linha reta, com Lacerda, Luiz Paulo e Eduardo Paes na dianteira desde o início do processo eleitoral. No caso de São Paulo, a instabilidade, em especial em relação ao segundo candidato que disputará o segundo turno das eleições, destoa das demais capitais. E o que motiva tal instabilidade? Essencialmente a entrada das igrejas (católica e evangélicas) no confronto a partir do processo eleitoral. Um fato exógeno, aparentemente, ao processo eleitoral, do ponto de vista estrito, limitado ao jogo entre partidos e candidatos.
Haddad e Serra decidiram atacar Russomanno que cedeu alguma coisa na curva ascendente de sua intenção de votos. Mas não é exatamente o ataque direto entre os candidatos que transforma o campo eleitoral movediço. O fator Lula, também exógeno ao processo eleitoral, parece afetar circunstancialmente este cenário, mas também explica pouco, visto que o candidato petista não atingiu o patamar histórico do PT paulistano (entre 25% e 30% da intenção de votos).
O fato é que a campanha paulistana é muito mais emocionante que as das demais capitais da região sudeste. No resto da região, a campanha se arrasta, com alguma emoção no Rio de Janeiro, por mérito próprio do candidato do PSOL, mas que dificilmente evitará a reeleição no primeiro turno das eleições.
O eleitor da região, de maneira majoritária, não se empolga, não se emociona, não se engaja efetivamente. Conservador (Luiz Paulo já foi prefeito por duas vezes), vota na segurança, na ordem.
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