Quando parecia que a Globo começava a afundar e perder seu passado, retoma a dianteira com algumas novelas que colocam empregadas domésticas no centro das tramas. Não gosto de novelas porque se arrastam e são excessivamente apelativas.
Mas pelo que ouço e o pouco que vejo, as tramas são interessantes, instigantes, beirando ao thriller.
De qualquer maneira, acredito que exista algo a mais. Uma profunda empatia que nasce da emergência do mercado consumidor de massas no Brasil. O "ordem e progresso" particular que vem dominando o ideário destes consumidores emergentes se expressa bem nas novelas. Mais em relação às empreguetes que a vingativa Nina, é verdade. Mas trata-se de uma vingança pessoal, que dialoga com a via crucis dos emergentes. Não sei nada sobre o nível de planejamento dos núcleos de produção das novelas globais. Mas acredito que entenderam, ao menos neste segmento, o que faz o lulismo ser popular.
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