Reproduzo a entrevista que o governador do Rio Grande do Sul deu à Folha. Lembremos que Genro é um dos expoentes da corrente Mensagem ao Partido, que faz críticas às proposições da corrente majoritária do PT (Construindo um Novo Brasil, CNB), se aproximando de algumas teses defendidas recentemente por Campos.
Candidatura do PSB seria um 'erro tático', diz Tarso Genro
FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE
Ex-ministro de Lula e governador do Rio Grande do Sul, o petista Tarso Genro diz que a candidatura do PSB ao Planalto no próximo ano seria um "equívoco tático".
Tarso defende um plano da base aliada que tenha Eduardo Campos (PE) em "primeiro plano" a partir de 2015.
"É difícil constituir hoje uma terceira via entre o que representaram Fernando Henrique, [Geraldo] Alckmin e [José] Serra e o que representam Lula e Dilma. O PSB está desatento a isso."Em entrevista à Folha, Tarso afirmou que o governador de Pernambuco estaria fora do jogo de 2014 porque o país atualmente está dividido entre dois blocos: PT e PSDB.
Tarso define Campos como "estimado amigo" e afirma que "todo partido sério tem direito e dever de aspirar ser governo", mas avalia que uma candidatura do PSB ao Planalto em 2014 iria apenas retirar votos dos tucanos.
O petista sugere um plano de médio prazo ao PSB a partir de 2015: uma conversa entre partidos da base aliada sobre programa de governo e o projeto para a eleição presidencial de 2018.
"[Seria] Um novo padrão de relacionamento que colocaria Eduardo Campos em um primeiro plano", declara Tarso.
MÍDIA
Tarso articula dentro do PT uma candidatura para enfrentar na eleição de novembro a ala do atual presidente da sigla, Rui Falcão.
Presidente petista durante o auge da crise do mensalão, em 2005, Tarso desde então adota um discurso de renovação para a legenda.
Ele diz que o objetivo é "redefinir" o partido para o período posterior a um eventual segundo mandato de Dilma. Ele diz que seu grupo defende, entre outros pontos, debates sobre a "democratização" da mídia.
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