Foi o próprio Lula que citou o tomate, carinhosamente, ontem à noite,durante o seminário promovido pelo PT mineiro. Disse que "um tomatinho qualquer não vai quebrar a economia do país". Sustentou que a inflação está sob controle, mas que o combate à inflação não se confunde com recessão e desemprego. Finalmente, Rui Falcão arrematou e pediu para Aécio deixar Dilma trabalhar, numa alusão à frase do senador mineiro que gostaria de dar férias ao PT.
As lições do dia:
1) O tomate virou principal personagem do embate político do momento no Brasil. Fico com a impressão que revela pobreza de espírito: não há humor neste embate, mas certo rancor, algo forçado. E, definitivamente, Ana Maria Braga não tem dom para o marketing, muito menos para a política. Mas a frase de Lula, desta vez, também não se voltou para a população, mas para os adversários;
2) Embora sem sentido para o Brasil, começo a perceber que o jeito venezuelano de discutir política está começando a pegar em nosso país. São embates cheios de ameaça e ausência de respeito e humor. Disputa-se uma eleição e a derrota vira panelaço. Do outro lado, passarinho vira conselheiro. Uma apelação diária, fulanizando tudo, desrespeitando o cidadão, que se transforma em pedra de estilingue. Não me convence;
3) Neste dramalhão, tudo parece confluir para a despolitização: de Marco Feliciano à todo sistema partidário. Um déjà vu desgastado e morno, que os personagens procuram dar um tom dramático.
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