Tempos atrás, discutiu-se no Brasil se poderíamos considerar a educação como negócio ou direito universal. Segundo a Consultoria Merrill Linch, o país campeão em privatização do ensino superior na metade da primeira década deste século era Filipinas (94% das matrículas no setor privado), seguido pelo Brasil (70%).
A partir daí, o Brasil liderou fusões e aquisições no setor educacional, batendo recordes sucessivos a partir da abertura de capitais e oferecimento de ações na bolsa de valores. O conteúdo pedagógico ou educacional pouco importa a partir daí, já que o foco são os ativos e a saúde financeira da empresa para valorizar suas ações.
Nesta semana, demos mais um passo: a Kroton (que adquiriu a rede Pitágoras em MG) fundiu-se com o grupo Anhanguera. Eram, até aqui, os dois grupos da área educacional com maior voracidade na aquisição de faculdades particulares no Brasil. A troca de ações está estimada em 5 bilhões de reais. Os dois grupos possuem 1 milhão de alunos (ensino básico e superior). A fusão gera um valor de mercado da ordem de 13 bilhões de reais, duas vezes o segundo no ranking deste setor, a chinesa New Oriental.
Nenhum comentário:
Postar um comentário