Ouvi isto de um amigo, ontem: "acho que o Aécio está jogando batalha naval. Quase todo dia grita um número que acaba dando em água". Achei graça. Mas é um fato. Em ato político, denomina o golpe militar de revolução, tal como os líderes golpistas denominavam seu ato anti-democrático. Para consertar, arma uma longa entrevista à Folha de S.Paulo que é publicada no domingo seguinte. Aí, começa o inferno astral que escancara como é persona non grata em seu próprio partido. Primeiro, Alberto Goldman, ex-vice governador tucano em São Paulo, serrista, ataca duramente cada item da matéria publicada na Folha. O mais duro foi dizer que Aécio está totalmente enganado quando afirma que o governo federal não deve contratar pelo menor preço. Goldman não teve compaixão. Disse que o governo tucano paulista fez exatamente isto. Jogou Aécio ainda mais para os leões. Serra veio logo depois. Em texto que distribui frequentemente aos seus apoiadores, distinguiu golpe de reforma. Deu uma aula para o "novato" e "despreparado" Aécio Neves.
A campanha de Aécio faz água por todos os lados. Vai se tornando uma ilha no seu próprio partido.
Daí que a fala de meu amigo faz sentido. Para qualquer lado que atira, o senador mineiro só vê água.
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