Para os ultraconservadores, não tenho o que dizer. Mas para os que ainda pensam, não vou argumentar que penalizar jovens não diminuirá os índices de infração juvenil e que estes índices são ínfimos (a quase totalidade de infrações cometidas por adolescentes é... furto, furto de comida ou relacionados com tráfico de drogas). É a família, estúpido! Esta é a frase que os ultraconservadores não querem ouvir porque abriria suas mentes ou seus medos mais recônditos.
Não vou repetir dados e argumentos disponíveis que fazem desmoronar este discurso irracional e declaradamente atávico, animalesco, que sugere a Lei de Talião como base de uma sociedade que não consegue pensar.
Vou apenas sugerir uma leitura: Gritos no Vazio (Editora Autêntica/Gutemberg). Para saberem o que ocorre na prisão de crianças e adolescentes. Ponto.
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3 comentários:
http://blogdofred.blogfolha.uol.com.br/2013/04/12/latrocinios-em-alta-e-menoridade-penal/
Uma bobagem, Marco. Os dados são muito nítidos: os índices de violência causados por adolescentes são ínfimos. A principal infração é furto. Dizer que houve aumento a partir de uma base que é traço estatístico é má fé. Há uma profusão de estudos que revelam justamente o contrário: adolescente é vítima (ver http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2012/MapaViolencia2012_Criancas_e_Adolescentes.pdf ).
O principal fator de motivação à violência praticada por adolescente é tráfico de droga. Convenhamos: o país não está conseguindo lidar com o tráfico. Portanto, esta história de criar uma onda a cada caso sensacionalista pautado pela imprensa é, volto a dizer, má fé.
Ok Rudá, o objetivo era mais o de fomentar o debate mesmo e apresentar outra perspectiva, apresentar outra perspectiva (apesar de confessar que a ideia de rediscutir e mesmo reformular a execução penal - não só para menores, mas para todo o sistema penal nacional, e não apenas olhando para a graduaçãod e penas mas tbm para a melhora dos mecanismos de reinserção, presidios albergues previstos na lei mas nunca implementados por exemplo - me parece medida necessária).
Obgdo pela atenção
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