Uma diferenciação efetiva exigiria limitar os contratos de trabalho de tempo integral e de dedicação exclusiva às instituições que consigam demonstrar excelência em pesquisa, pós-graduação e formação profissional; introduzir novas tecnologias de ensino de massas e à distância, aumentando fortemente o número de alunos por professor/ e criar mecanismos efetivos que estimulem as instituições a definir seus objetivos, trabalhar para eles, e receber recursos na proporção de seus resultados. Um exemplo do que poderia ser feito é o processo de Bologna que está ocorrendo na Europa, que cria um primeiro estágio de educação superior de massas de três anos, com muitas opções, e depois as instituições se especializam em oferecer cursos avançados de tipo profissional e científico conforme sua vocação e competência.Há vários equívocos nesta proposição. Mas é possível agregá-las em dois eixos: a separação entre ensino e pesquisa e; a insistência na formação de massas.
Por partes. Schwartzman filia-se à tradição da política educacional brasileira formulada desde o final do século XIX: formar muitos, em massa. Todos estudos recentes confirmam ser uma opção desastrosa. Educação é relação afetiva, personalizada. A ideia dos Grupos Escolares onde cada professor teria que formar 1000 alunos destruiu a possibilidade de criarmos uma importante massa crítica em nosso país.
Por outro lado, o autor também incorre no reforço de um lugar-comum entre acadêmicos: a noção de hierarquia educacional, sendo a universidade o locus da produção de conhecimento (e a pesquisa como topo de todo este sistema) e a educação básica como locus da reprodução. Uma leitura acrítica sobre o que é o processo de produção de conhecimento e total desconhecimento sobre metodologia científica dos anos 1970 para cá.
Um comentário:
Só faltou uma frase neste texto: As universidade federais devem ser privatizadas.
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