Artigo da engenheira Ines Persechini revela alguns dados
preocupantes que constam no documento Panorama das Águas Superficiais do Brasil
2012. Diversos indicadores foram utilizados para a análise dos dados coletados
junto aos órgãos gestores de recursos hídricos: além do Índice de Qualidade das
Águas (IQA) que reflete o grau de poluição por esgoto de um curso de água,
estão incluídos também o Índice de Estado Trófico (IET) que indica quantidade
de nutrientes originados de fontes humanas ou não, e do Índice de Conformidade
ao Enquadramento (ICE) que permite avaliar o quanto a qualidade de um certo
corpo d´água está distante do ideal necessário para atender os usos desejados
pela sociedade.
Reproduzo a conclusão da autora, a seguir:
Uma das conclusões mais importantes é que em 47% dos pontos monitorados em áreas urbanas do País, a classificação da qualidade das águas em relação ao índice IQA está classificada entre ruim e péssima. Em contrapartida, foram identificados pontos em que houve melhoras na tendência da qualidade das águas, como em trechos dos rios Tietê, Sorocaba, Piracicaba e Paraíba do Sul em São Paulo, do rio das Velhas em Belo Horizonte, entre outros. No entanto, foram identificados também vários pontos de monitoramento onde a qualidade da água piorou no período compreendido entre 2001 -2010. As causas da piora podem ser identificadas como acréscimo no aumento das Pressões sobre os recursos hídricos sem que houvesse investimentos efetivos e suficientes para rever o quadro.
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