sábado, 30 de novembro de 2013

Dilma e Lula destroçam a oposição, segundo o DATAFOLHA

Haveria pesadelo mais indesejável que este para as oposições?
Todo momento em que aparece algum sinal de nuvem escura para o governismo/lulismo no horizonte, logo se percebe que nuvem maior pousa na cabeça das oposições. Urucubaca? Ou total incompetência política para ler os sinais dos céus?
A UOL acaba de divulgar os dados da última pesquisa de intenção de votos do Datafolha.
Não poderia ser mais avassalador para os campos de plantio dos tucanos.
Dilma aparece com 41% a 47% das intenções de voto, dependendo do cenário de disputa. Lula aparece entre 52% e 56%. Brancos e nulos estacionam em 23%, marco histórico das últimas eleições presidenciais.
O pior cenário para Dilma é a disputa com Serra e Marina.
Convenhamos: algo desestabilizaria mais as conversações entre líderes de oposição que saber que Aécio e Campos são mais frágeis que Serra e Marina?
Com Joaquim Barbosa, Aécio e Campos, Dilma vence no primeiro turno.
Arrasador.


Dilma cresce e oposição encolhe, aponta Datafolha


FERNANDO RODRIGUES

DE BRASÍLIA

De junho para cá, os pré-candidatos a presidente fizeram o possível para recuperar a popularidade perdida por causa do abalo provocado pelas manifestações de rua em todo país. Por enquanto, só a presidente Dilma Rousseff segue em trajetória ascendente. A oposição oscila entre bons e maus momentos, e agora encolheu um pouco mais, segundo o Datafolha.
Dilma ou seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, lideram a corrida presidencial em todos os cenários mais prováveis para 2014 --o Datafolha testou nove combinações de nomes.
A presidente pontua de 41% a 47%, dependendo de quem são seus adversários. Lula oscila de 52% a 56%.
O Datafolha entrevistou 4.557 pessoas em 194 municípios na quinta e na sexta-feira. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Apesar do conforto momentâneo que oferecem a Dilma, os eleitores emitem um sinal contraditório para a petista. Dois terços dizem preferir que "a maior parte das ações do próximo presidente seja diferente" das adotadas por ela.
Entre todas as simulações com os nomes dos pré-candidatos, o cenário que parece mais provável hoje é também aquele em que Dilma está mais bem colocada. Ela tem 47% contra 19% de Aécio Neves (PSDB) e 11% de Eduardo Campos (PSB). Em outubro, ela pontuava 42%. O tucano tinha 21% e o socialista, 15%.
Nesse cenário, o percentual de eleitores que vota em branco, nulo ou que se diz indeciso ficou inalterado em 23%, de outubro até agora. Ou seja, a petista cresceu extraindo votos dos dois adversários diretos nesse período. Ganharia no primeiro turno.
A presidente só não venceria hoje a eleição na primeira votação nos cenários em que Marina Silva aparece como candidata. Ocorre que a ex-senadora se filiou ao PSB e não é certo que vá concorrer como cabeça de chapa nas eleições do ano que vem.
Numa das simulações, a petista fica com 41% contra 43% dos outros dois adversários somados (Marina registra 24% e José Serra 19%). Mas Dilma está se recuperando. Em outubro, tinha 37%, contra 28% de Marina e 20% de Serra.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, testado num dos cenários, aparece com 15%, numericamente em segundo lugar. Dilma, com 44%, venceria no primeiro turno. Aécio teria 14%. Campos, 9%.
Diferentemente de Dilma, o ex-presidente Lula venceria a disputa no primeiro turno nos quatro cenários em que seu nome aparece --inclusive contra Marina e Serra.

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