Li o ensaio do Marcos Nobre ("A Volta da Polarização?"), publicado na última edição da Piauí. O que mais me chamou a atenção é a provocação ao chamar a polarização PT/PSDB de telecatch, a luta livre totalmente encenada. Para Marcos, os tucanos nunca fizeram oposição efetiva ao PT e Lula sempre deu corda para Serra e Aécio.
E analisa a Rede, de Marina, como um partido com movimento de base social viva, mas orientado para o sistema partidário (uai... não era esta a característica do PT?). Um pé dentro e outro fora da política institucional (palavras textuais do ensaio de Marcos Nobre). Então, Marina acrescentaria à candidatura de Eduardo Campos a aura de quem não está contaminada pela baixaria política vigente. O autor se pergunta se não significaria uma nova polarização PT X Marina/Campos.
A resposta vem ao final do ensaio: o fim deste conservadorismo político só virá "quando a revolta das ruas atingir o ponto crítico que pode permitir sua tradução e um reforma radical do próprio sistema político".
Pomba! Se este ensaio tivesse levado minha assinatura, eu nem reclamaria.
Um comentário:
O que seria atingir "o ponto crítico"?
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