Recentemente ocorreu um encontro entre várias organizações
populares originalmente do campo petista (como MST e MAB) , organizações
populares envolvendo populações tradicionais (como indígenas e pescadores) com organizações que
estiveram à frente das manifestações de junho (MLT de São Paulo e Florianópolis
e Comitês Populares da Copa).
O encontro teve, entre outras vantagens, a importância de
revelar a diversidade de análises de conjuntura neste campo de organização da
sociedade civil e o divisor de águas que foi junho deste ano.
A luta contra a FIFA e contra as violações de direitos no
contexto da Copa foi um grande tema de convergência. Todos os movimentos
sociais presentes se identificaram com as causas dos comitês populares por
sentirem que são atingidos pela COPA. Contudo, a divergência sobre a relação
com o governo federal foi evidente. Organizações como o MAB, o MST e a RENAP
foram cautelosos nas suas críticas ao governo e, por algumas vezes,
questionaram as atuais manifestações de rua como sendo inconsequentes. Mesmo
assim, seguiram apontando para a necessidade de se construir convergências na
luta social em 2014. Já os movimentos que se tornaram mais visíveis a partir
das manifestações de rua dos últimos meses (MPL, COPACs) e os movimentos negros
e de povos tradicionais se sentem absolutamente violados pelo governo e, por
isso, se posicionaram de uma forma mais crítica em relação a atual política,
colocando a necessidade de seguirmos pressionando nas ruas para ter maiores
avanços.
O que unifica estas organizações? O que entendem ser esgotamento
da disputa política institucional e dos potenciais emancipatórios do atual
governo.
Para acompanhar como várias populações que se sentem atingidas pelas ações governamentais, acesse este relato AQUI
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