sábado, 9 de novembro de 2013

O primeiro encontro entre organizações populares tradicionais e organizadores das manifestações de junho

Recentemente ocorreu um encontro entre várias organizações populares originalmente do campo petista (como MST e MAB) , organizações populares envolvendo populações tradicionais (como indígenas e pescadores) com organizações que estiveram à frente das manifestações de junho (MLT de São Paulo e Florianópolis e Comitês Populares da Copa).
O encontro teve, entre outras vantagens, a importância de revelar a diversidade de análises de conjuntura neste campo de organização da sociedade civil e o divisor de águas que foi junho deste ano.
A luta contra a FIFA e contra as violações de direitos no contexto da Copa foi um grande tema de convergência. Todos os movimentos sociais presentes se identificaram com as causas dos comitês populares por sentirem que são atingidos pela COPA. Contudo, a divergência sobre a relação com o governo federal foi evidente. Organizações como o MAB, o MST e a RENAP foram cautelosos nas suas críticas ao governo e, por algumas vezes, questionaram as atuais manifestações de rua como sendo inconsequentes. Mesmo assim, seguiram apontando para a necessidade de se construir convergências na luta social em 2014. Já os movimentos que se tornaram mais visíveis a partir das manifestações de rua dos últimos meses (MPL, COPACs) e os movimentos negros e de povos tradicionais se sentem absolutamente violados pelo governo e, por isso, se posicionaram de uma forma mais crítica em relação a atual política, colocando a necessidade de seguirmos pressionando nas ruas para ter maiores avanços.

O que unifica estas organizações? O que entendem ser esgotamento da disputa política institucional e dos potenciais emancipatórios do atual governo.

Para acompanhar como várias populações que se sentem atingidas pelas ações governamentais, acesse este relato AQUI

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