O cara sabe escrever.
Conheci recentemente o Antonio Prata. O primeiro livro me deixou rindo sozinho a começar pelo título: "Meio intelectual, meio de esquerda". Gostei tanto que inseri algumas passagens no meu livro sobre as manifestações de junho. Se tivesse escrito um livro de receitas, teria feito o mesmo. Até de fotografias ou jogo de futebol. O cara sabe escrever.
Aí, Clau (também conhecida como minha esposa) pede para comprar este livro: Nu, de botas. Que coisa! De cara, não liguei o nome com a pessoa.
Na própria livraria, abri o livro e pedi um café. Aí, não fechei mais o livro. Demais (nunca vou escrever D+, podem esperar sentados). Prata escreve sobre a infância. Escreve como adulto com o olhar de criança, dos quatro até os sete (eu acho).
Dois capítulos são de encher os olhos: Happy hour e o último, Pela Janela. O último, sei lá por qual motivo, me lembrou um conto de Hemingway que um dia vou comentar por aqui.
O cara sabe escrever tão bem que eu e Clau acabamos tentando descobrir seu DNA. O óbvio: neguinho é filho do Mário Prata.
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