
Estou em SP, hospedado num bairro com forte população judia. Outro dia tomei café da manhã ao lado de dois judeus, com forte sotaque, que comparavam os ataques de Israel à população palestina da Faixa de Gaza com a invasão da Chechênia pela Rússia. Neste bairro muitos moradores desfilam com seus cachorros, todos muito bem tratados e merecedores de muito carinho. A comparação é imediata. Neste caso, Marx tinha razão ao desesperar com a alienação do homem em relação à sua espécie. Afirmava que éramos a única espécie que atacava seu membro, tentando inferiorizá-lo, para poder manter um status desejado. Nenhuma outra espécie faz algo parecido. Obviamente que o ataque à Faixa de Gaza não é apoiada por uma grande parcela dos judeus. Mas é desumano o que o exército e o governo de Israel vem fazendo. Nenhuma eleição (que ocorre no próximo mês), nenhuma provocação do Hamas (que ataca o sul de Israel com frequência) justificam o assassinato de crianças e civis. Pode até ser um teste para pressionar o governo Obama (emparedado no seu próprio governo em relação a este tema), já que Israel perde o apoio incondicional de Bush. Mas envolver a vida de civis neste jogo?
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