sábado, 31 de janeiro de 2009

Serra negocia reforma política com Lula


A aproximação de Lula e Serra é acelerada. Impressiona o pragmatismo e flexibilidade de ambos. Em SP o meio político comenta a convesa reservada desta semana em que Serra negociou com Lula o fim da reeleição e adoção do mandato de cinco anos.

2 comentários:

GS disse...

Professor Rudá,
por favor, verifique se minha percepção está correta...

Lula se aproxima de Serra – como Lula faz política pensando a partir de São Paulo, de quebra já agrada a elite de lá – fazendo com que esse se firme candidato pelo PSDB, e com isso direciona um enfrentamento com um candidato que já foi derrotado antes – sem contar a derrota do Alckmin, por eles. (Está sem rumo, não tem projeto).

Penso também que, dento sido preterido pelo partido, nosso governador estaria com “o osso”, e faria corpo mole no 2ª colégio eleitoral do país, isso se não sair como vice da Dilma. Porque no PMDB ele não tem chance, ou tem? Como seria a estratégia para ele crescer no partido?

Tem também o Sarney, que, ao que tudo indica, leva no senado, e que tem também um osso atravessado.

Sem contar com as obras do PAC, que, por mais que diminuam devido a crise, sairão muitas do papel.

Tudo isso reforça as chances da Dilma em 2010.

Bom, isso eu estou supondo, e gostaria que o professor me corrigisse em algum ponto. Pode ser?

Muito obrigado,
Guilherme Souto

Rudá Ricci disse...

Guilherme,
Por partes:
a) De fato, as chances de Aécio Neves são cada vez menores como candidato a Presidente da República;
b) No PMDB seria mais um dentre tantas lideranças regionais. Sarney, Eduardo Campos, Sérgio Cabral, Quércia, Germano Rigotto, Temer, é uma constelação imensa que não daria nenhuma margem de manobra para Aécio;
c) Vice de Lula? Pelo PSDB? Pelo PSB? Qual a vantagem para Lula? Criaria um conflito aberto com Serra, desnecessariamente;
d) Minha aposta, no momento, é que ele valorizará ao máximo a pré-candidatura, mas será candidato a Senador, aguardando sua vez (é jovem);
e) Contudo, a candidatura de Dilma também é um balão de ensaio. Veja que discretamente, Lula e Serra desenham um acordo. O BB comprou a Nossa Caixa. Serra discute cinco anos e fim da reeleição. Tudo leva a crer que Lula prefira um sucessor fora do PT (ou muito frágil) que um petista forte.