terça-feira, 19 de novembro de 2013

Caso Genoino sugere exageros do Judiciário

O laudo emitido pelo IML (solicitado pelo juiz da Vara de Execução Penal do Distrito Federal) cria mais um constrangimento ao STF. O laudo reafirma em sua totalidade o alerta feito pela família e advogado de Genoino: o ex-deputado necessita de cuidados especiais por ser portador de doença grave. A pressão sobre o STF só cresce após o ato midiático de executar a sentença em pleno feriado nacional e transferir os condenados - sem qualquer necessidade aparente - para o DF.
O caso não parece ter fim.
Na outra ponta, dezenas de juristas e intelectuais assinam manifesto de repúdio ao ato do ministro Joaquim Barbosa, sugerindo que o STF precisa reagir para não se tornar refém do seu presidente. Assinam, entre outros, Celso Bandeira de Mello, Dalmo Dallari e Wanderley Guilherme dos Santos.


Laudo do IML afirma que Genoino é 'paciente com doença grave'

MATHEUS LEITÃO

DE BRASÍLIA

O laudo do IML (Instituto Médico Legal) sobre a saúde do ex-presidente do PT José Genoino conclui que ele é "paciente com doença grave, crônica e agudizada, que necessita de cuidados específicos, medicamentosos e gerais".
O documento de três páginas, ao qual a Folha teve acesso, afirma ainda que é necessário controle periódico por exame de sangue, "dieta hipossódica" (regime alimentar em que se reduz o consumo de sal) e adequada aos medicamentos utilizados por ele. Segundo o laudo, Genoino precisa ainda de avaliação médica cardiológica especializada regularmente.
A defesa de Genoino tenta fazer com o que o petista possa, em função da saúde, cumprir em regime domiciliar sua pena de quatro anos e oito meses pelo crime de corrupção.

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