Fiquei surpreso por nunca ter pensado na sensação de uma mulher recém aposentada. Quando falamos em aposentadoria, logo vem a mente um homem que encerra suas obrigações profissionais.
Mas aí, vem este filme francês, com cadência típica da escola das relações minimalistas de Truffaut e mergulhamos neste mundo de reencaixe da mulher independente que se revolta com a matrícula (que ganha de presente da filha mais nova) num clube de aposentados e idosos que oferece inúmeras oficinas.
Caroline, a personagem aposentada, se envolve com um dos professores e aí.... bom, e aí entramos numa espécie de passagem lenta para um outro momento da vida que não se resolve, nem se define nitidamente. Esta passagem é a mais interessante do filme e o final não está a altura do momento anterior. Talvez este seja o caso: uma passagem sem definição nítida.
O fato é que nunca havia pensado neste momento na vida de uma mulher. Como aquela pedra no caminho do Drummond.
Nenhum comentário:
Postar um comentário