domingo, 10 de novembro de 2013

A preguiça da imprensa na cobertura das manifestações


A revista Época resolveu pegar um atalho. Decidiu seguir as migalhas de pão que o discurso oficial, que une (mais uma vez) governos tucanos ao governo federal, jogou no chão para criar a tilha de enquadramento de todas manifestações que já se formam no horizonte de 2014, ano eleitoral.
Reportagem da revista afirma que os Black Blocs seriam financiados por ONGs brasileiras e internacionais (cita as ongs Instituto St Quasar, La Maiosn des Associations Socio-Politiques e Les Idées).
A questão que fica é: quais Black Blocs foram financiados por tais entidades? Todos?
Pergunta que tem sentido pelo simples motivo que não existe uma estrutura organizativa que une os black blocs. Quem teve a paciência de investigador e foi buscar compreender o que foram as manifestações de junho e as que se seguiram, sabe que a história é bem mais complexa. Não se trata de um bloco monolítico. Aliás, durante as depredações, não existe um único agrupamento que se identifica com os black blocs. Já citei a distinção entre anarquistas, jovens de periferia e casos de crime organizado que não se misturaram até aqui.
Mas a grande imprensa prefere o atalho. E vai jogar todos na mesma vala.
Se existe irresponsabilidade de um lado, podemos dizer que existe o mesmo da parte desta imprensa sensacionalista.


Um comentário:

René Amaral disse...

Ficaria mais fácil saber quais black blocs receberam dinheiro de quem, se eles tirassem as máscaras,seria mais fácil saber quem é black bloc e quem é vândalo puro e simples, se os black blocs tirassem as máscaras.

Ahh mas os black blocs só aparecem de máscara!!!

Então tá, entendi!