Rio de Janeiro
No último dia de julho, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro
foi ocupada por manifestantes (foto que ilustra esta nota). A ocupação foi precedida por um ato na
Cinelândia que envolveu 1.500 pessoas. De lá, caminharam até o Ministério
Público e cobraram a renúncia do governador Sérgio Cabral. Naquele momento,
decidiram ocupar a Câmara. Os ocupantes sofreram agressões da PM, que os
retiraram da Câmara. De lá, foram para a frente da casa do governador Sérgio
Cabral, no Leblon e organizaram um novo acampamento que leva o nome de
OcupaCabral.
No dia seguinte, os vereadores voltaram a trabalhar após o
fim do recesso parlamentar. No mesmo dia, uma nova
manifestação reuniu mais de 700 pessoas na Rocinha para cobrar do Estado a
responsabilidade sobre o desaparecimento de Amarildo de Souza, pedreiro que
sumiu no dia 14, após prestar depoimento na UPP da comunidade.
Apesar
do ato ter sido pacífico, os ocupantes foram retirados brutalmente pela polícia
militar, com o uso de spray de pimenta e bombas de efeito moral.
São Paulo
Um novo protesto ocorreu ontem e fechou
a avenida Paulista às 20h. Manifestantes e PMs entraram em choque nas
proximidades da rua Bela Cintra. A polícia acusou o grupo de atirar bombas
caseiras e pedras contra a tropa, que reagiu, chegando a arrastar pela rua um
dos detidos. Na semana anterior já havia ocorrido uma manifestação que terminou
em atos de violência e depredação. Ontem, apesar das conversas entre PM e os
manifestantes antes de começar a passeata, houve dois princípios de tumulto. Em
um dos casos, a confusão começou quando um PM tirava fotos dos manifestantes
que participam da passeata pela avenida Brigadeiro Luís Antonio, no centro de
São Paulo. Houve empurra-empurra e um PM da Rocam acabou golpeando uma garota,
que foi socorrida por uma colega. O grupo então cercou policiais contra a
parede e passou a jogar pedras. Marcha só seguiu contra outro grupo pediu calma
e liberou os PMs cercados.
Belo Horizonte
Manifestantes ocuparam a Câmara
Municipal ontem, quando os vereadores voltaram do recesso. É a segunda ocupação
do parlamento em dois meses. Duas pessoas fazem greve de fome. A ocupação
ocorreu depois de um protesto nas galerias da Câmara envolvendo, inicialmente,
apenas seis pessoas. À noite, mais pessoas se juntaram à ocupação. Os
manifestantes pedem uma audiência publica do prefeito Marcio Lacerda para
prestação de contas e a abertura das planilhas da Empresa de Transportes e
Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans).
No começo desta semana, a sede da
Prefeitura de Belo Horizonte foi ocupada. A ocupação foi organizada pelas
Brigadas Populares, pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas e pela
Assembleia Popular Horizontal. De acordo com o Executivo Municipal, cerca de 50
pessoas estão concentradas no hall de entrada do gabinete do prefeito Marcio
Lacerda. Outras 100 pessoas estavam, ontem, na rua, prestando solidariedade aos
ocupantes.
Em nota, divulgada por volta das 15h10,
a assessoria da administração municipal afirmou que o governo havia se reunido
com os ocupantes e que a prefeitura se comprometeu a fazer, no próximo dia 8,
uma reunião, com a presença do prefeito Marcio Lacerda, para discutir temas
relativos à política habitacional do município. Os manifestantes retrucaram
afirmando que este encontro já estava agendado e que não contempla a pauta de
reivindicações das ocupações urbanas.
Na
área externa do prédio, o policiamento foi reforçado.
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