terça-feira, 27 de agosto de 2013

Marina reinventou o jeitinho brasileiro. Quem diria?

Alguma coisa já parecia estranha. Pedir que pastores intercedessem para colher assinaturas para a Rede Sustentabilidade estava mais para práticas coronelísticas que para inovação política.
Mas ontem, Marina pisou com força no tomate. Fez um belo estrago no seu currículo. Ao solicitar que a Justiça afrouxe as regras, ou seja, exija que os cartórios aceitem as assinaturas coletadas por seus aliados sem conferência, revelou seu "jeitinho brasileiro". Mais: se havia dúvida que seu quase partido se interessa mais pelo poder imediato que pela mudança real da cultura política tupiniquim, agora fica claro que é mais do mesmo. Não há como. Ingressar no mundo político com as atuais regras do jogo é nascer conservador e muito, mas muito distante da vida real do cidadão.
E não tem forma mais cômoda de entrar nas regras do jogo reinventando o jeitinho brasileiro.
Privilégio, este foi o pedido de Marina Silva.
Quem te viu e quem te vê!

3 comentários:

Gilba disse...

Neste jogo da Política não tem nenhum SANTO, só se for santinho do pau ôco!!! Gilberto Ribeiro Sampaio

www.amoreinfinito.blogspot.com disse...

Eu concordo com o comentário acima, e, quer saber, eu gosto da marina. Ela teve coragem e altivez em largar tudo e criar seu próprio partido.
E no mais, como disse o amigo, ninguém é santo mesmo, e daí???
Tô com Ela...

Januário Diniz Dell Isola disse...

Mas desde a sua origem, quando ela entrou no PV, sua movimentação política foi sempre permeada de ideias conservadoras. A própria atuação de Marina, quando no comando do Ministério do Meio Ambiente, deixou muito a desejar. É só observar a questão dos transgênicos. Quando a Rede surgiu, Marina reelaborou todo um repertório sonhático de fazer política, mas a originalidade das palavras teimaram em não combinar com a práxis. O velho saloon ainda é o mesmo, apesar dos mocinhos aparentemente insistirem em dizer que são novos do pedaço.
A questão religiosa que Marina encarna completa o caldo de cultura política tradicional. Por que deveríamos acreditar que a Rede Sustentabilidade seria uma nova forma de construção partidária se seus atores mantém os mesmos vícios do passado?