sábado, 24 de agosto de 2013

Avaliação do governo municipal de Marcio Lacerda (2012-2013)

Se compararmos as avaliações positivas que Marcio Lacerda recebeu ao longo de 2012 com a avaliação divulgada nesta semana pela Sensus, obtemos índices muito próximos: 55,8% em maio de 2012 e 54,3% em agosto de 2013. O índice de avaliações negativas, contudo, pioraram: 15,6% em 2012 e 20% em 2013.
Em 2012, as avaliações positivas capturadas por vários institutos foram: 55,8% (Sensus, maio), 51% (Datafolha, julho) e 55% (Ibope, novembro). Já as negativas foram: 15,6% (Sensus, maio), 11% (Datafolha, julho) e 14% (Ibope, novembro).

O fato é que há evidente estabilidade nos índices de avaliações positivas em relação à gestão do prefeito da capital mineira. Mas há aumento dos índices de avaliação negativa. Embora as metodologias dos institutos de pesquisa são distintas, o que dificulta comparações lineares, apenas como exercício livre, é possível sugerir que as avaliações negativas oscilaram ao longo do segundo semestre de 2012 e teriam chegado ao seu ápice nesta pesquisa Sensus, quando atinge 20%.
Mesmo assim, surpreende o dado porque o prefeito Lacerda foi, de longe, o que se portou de maneira mais infeliz ao longo das manifestações de junho. Relatei neste blog as declarações que revelaram dificuldades pessoais para se portar como liderança social. Como prefeito, se revelou um empresário desconcertado. Efetivamente, a política não é seu forte, muito menos a capacidade de dialogar publicamente ou alterar ações frente às metas pré-estabelecidas. Em termos técnicos, parece focado no planejamento normativo, aquele que uma meta vira lei, independente das mudanças conjunturais.
Sua sorte é que seus colegas do sudeste conseguiram aparecer mais. Na mesma pesquisa Sensus, Fernando Haddad alcançou apenas 17% de avaliações positivas (45% negativo) e Eduardo Paes um pouco mais: 19%.
Lacerda também teve outra sorte: os manifestantes de junho não desencadearam campanhas mais massivas de rua contra sua gestão, tal como ocorreram em São Paulo e Rio de Janeiro. Mas o desgaste contido no índice de avaliações negativas pode indicar alguma tendência.
Aguardemos as pesquisas de outros institutos e a próxima da Sensus.

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